Vista pela curadoria do Festival Chacoalha durante sua participação no Formemus 2025, Afronta, conhecida como a Princesa de VV, será destaque na programação do Festival Chacoalha 2025, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela se apresenta na sexta-feira (21).
Travesti, MC, atriz e poeta, Afronta tem 25 anos e acumula seis anos de estrada dedicados ao hip-hop. Seu trabalho se ancora no rap como ferramenta de comunicação e transformação. “A poética do que escrevo gira em torno de mudança. Vivemos realidades opressoras de pessoas trans, pessoas negras, pessoas periféricas e acredito que a transformação só acontece quando a gente trabalha para ela. A música é um dos meus instrumentos de luta”, afirma.
O festival é referência em Belo Horizonte por fomentar a cena musical local, promover intercâmbios e misturar artistas com diferentes trajetórias e estilos. A curadoria tem como marca a diversidade.
Afronta foi convidada pela rapper mineira Mac Julia, uma de suas referências. “Gente, eu tô muito animada! Foi o Formemus que abriu essa ponte e sou muito grata. Vou dividir palco com uma artista que eu sou muito fã. Tô ansiosa, preparando tudo: fiz o cabelo, fiz as unhas, preparei a roupa. Podem esperar que a princesa vai descer forte de Vila Velha pra BH. Porque BH é nóis!”, brinca.
O Formemus chegou a sua sétima edição como um dos principais festivais-conferência do Brasil, graças à combinação de festival autoral e conferência de mercado, com painéis, showcases, rodadas de negócios, pitching e networking entre artistas, produtores e decisores do setor. Idealizado por Daniel Morelo e Simone Marçal, o evento conecta a música autoral à indústria em crescimento, estimulando novas trajetórias no mercado e ampliando as oportunidades de visibilidade e profissionalização para artistas de todo o país. Foi o que aconteceu com Afronta.
A artista não economiza quando fala sobre o impacto que o Formemus teve em sua trajetória. Para ela, o evento representou “um salto”: abriu portas, ampliou conexões e ofereceu referências que redesenharam sua visão profissional e pessoal.
“Foi o Formemus que me elevou a outro patamar. Ali eu tive acesso a conhecimento, fiz conexões com pessoas da música do Brasil inteiro, apresentei meu showcase e recebi feedback profissional pela primeira vez. Ouvi palestras, vi shows que me inspiraram demais. Queria que todo artista tivesse essa experiência”, destaca.











