A websérie “Slam ES: A Historiografia”, realizada pelo coletivo Xamego, acaba de disponibilizar todos os seus episódios no Youtube. Lançada em setembro, a produção traça uma linha do tempo inédita sobre a história do slam no Espírito Santo, reunindo depoimentos, imagens e memórias que registram dez anos de poesia falada no estado.
Ao longo de seis episódios, a série entrelaça vozes que ajudaram a construir e manter viva a cena capixaba, incluindo os campeões estaduais de slam Cesar MC (2017), Ira (2018 e 2023), Filipe Rocha (2019), Julia Ramos (2020), ADM (2021), Santz (2022) e Adrielly (2024). O resultado é um retrato afetivo e histórico de um movimento que nasceu das ruas e se tornou um dos principais espaços de expressão artística e política das juventudes periféricas. Para Marcos Oliveira, também cofundador do coletivo, a série reafirma o caráter político do movimento
“Registrar o slam é dizer que a palavra falada na periferia também constrói história. Essa websérie é uma prova viva de que a poesia capixaba é força, é arte e é memória coletiva”
O idealizador da série e cofundador do Xamego, João Martins, acredita que a websérie é apenas o começo de um novo ciclo. Agora que todos os episódios estão no ar, ele espera que o projeto inspire novas vozes e fortaleça os laços entre gerações de poetas.
“Espero que este documentário seja mais do que um registro: que seja um eco vivo da palavra. Que ele siga vivo, que continue circulando, inspirando e provocando. Que os jovens que assistirem sintam que também podem escrever, subir no palco, se expressar. Que essa história desperte pertencimento e orgulho, e que o slam siga florescendo como espaço de liberdade, arte e memória coletiva no Espírito Santo”, afirma.
Com linguagem sensível e narrativa documental, “Slam ES: A Historiografia” consolida-se como um marco na preservação da memória da poesia falada no Espírito Santo e como inspiração para novas gerações de poetas que seguem transformando a palavra em resistência. Os episódios podem ser acessados na íntegra no Youtube do coletivo.
A produção audiovisual foi viabilizada por meio do Edital Nº 04/2023, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
