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Eles ganharam uma nova vida

Eles ganharam uma nova vida
Foto: Arquivo pessoal

“Achava que não teria mais solução alguma. Não suportava mais decepcionar minha família e resolvi tirar minha própria vida, pensando que isso iria solucionar o problema e dar paz aos meus familiares e a mim mesmo”.

Essa é a fala de Célio Antônio Alves Barbosa, de 47 anos. Durante 13 anos de vida, ele foi dependente de drogas diversas, chegando ao crack, e há dois anos está limpo. Hoje, usa a própria história de vida como exemplo para ajudar outros dependentes no projeto social em que atua.

Ele explica que sempre morou em casa com os familiares, sendo bem aceito e acolhido pela família, fazia faculdade. Mas a drogadição não era aceita pela família e atrapalhou muitos dos planos. Chegou uma época em que ele perdeu a identidade, o caráter e o desespero tomou conta.

“Me vi completamente perdido, não via sentido na vida e em mais nada. Os pensamentos suicidas vinham constantemente. Pelo fato de não saber nadar, quis entrar fundo no mar para me afogar e provocar meu suicídio. Mas graças a Deus acabei não executando os planos”.

Não executou porque, ao invés de descer para o mar, acabou parando na casa de um amigo da irmã, onde pediu ajuda. Ele aceitou, e o amigo, que era pastor, acabou levando Célio para um projeto social que tratava de dependentes químicos pela via da espiritualidade.

Eles ganharam uma nova vida
Foto: Arquivo pessoal

Por este mesmo projeto foi acolhida Suély Thagas Soares, de 22 anos. Dependente química desde os 15 anos, ela chegou a traficar e a roubar para manter o vício, o que trazia também sofrimento à família. “Não tinha esperança, expectativa de vida ou sentido para viver”, relata ela, que esteve prestes a se jogar de um prédio para tirar a própria vida.

Tratamento

Naquele momento, pensou que poderia levar mais sofrimento à família e lembrou de conselhos espirituais que a avó lhe dava. “Depois de dois dias, senti a vontade de me internar e sair daquela vida. Um homem disse à minha mãe que inauguraria uma sede do projeto e iniciei o tratamento, que durou um ano e sete meses”, explica.

Hoje, tanto Célio, quanto Suéli são trabalhadores do projeto Cristolândia, que acolhe dependentes químicos e pessoas em situação de rua que almejam se tratar da drogadição e recomeçar suas vidas. O projeto também oferece aos alunos, além do tratamento, cursos de capacitação, encaminhamento para emprego e até faculdade, em casos de alunos que optem por trilhar este caminho.

“Hoje quero fazer uma faculdade, poder ajudar outras pessoas, me casar, ter filhos. Tenho muitos planos e muitos sonhos, pois encontrei sentido e esperança para a minha vida. Antes queria a morte, hoje quero a vida”, conta a jovem.

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