A inflação na Grande Vitória teve comportamento moderado em novembro, tanto para o IPCA quanto para o INPC, segundo dados do IBGE. O IPCA da região registrou alta de 0,09% no mês — um resultado abaixo da média nacional, que foi de 0,18%. No acumulado de 2025, o índice chega a 4,77% e, em 12 meses, soma 5,31%.
O grupo Habitação teve destaque no período. Apesar de a energia elétrica residencial acumular altas expressivas no ano (22,12%) e em 12 meses (19,68%), em novembro o subitem caiu 1,20% na Grande Vitória, contribuindo para segurar o avanço da inflação local. Já os Transportes exerceram forte pressão sobre o índice, puxados pela passagem aérea, que subiu 13,49% no mês, e pelo transporte por aplicativo, com alta de 6,12%. No lado da alimentação, itens importantes para o consumo das famílias tiveram recuos significativos, como o tomate, com queda de 26,14%, além do limão e do abacaxi, que também registraram retração.
Entre os principais impactos no IPCA da região, a passagem aérea foi o maior peso positivo de novembro, contribuindo com 0,08 ponto percentual no índice. Consertos de automóveis e automóveis novos também influenciaram o resultado. Do lado negativo, as quedas do tomate, da energia elétrica residencial e da gasolina ajudaram a aliviar o custo de vida no mês.
No INPC, índice voltado às famílias com renda mais baixa, a Grande Vitória registrou queda de 0,14% em novembro — o menor resultado do país. Mesmo com o recuo no mês, o acumulado do ano chega a 4,80% e, em 12 meses, a 5,26%. Assim como no IPCA, o inhame teve forte alta, repetindo a variação de 12,06%. Transporte por aplicativo também avançou, enquanto o tomate e outras frutas seguiram em queda.
A retração do INPC na Grande Vitória reflete, sobretudo, a redução da energia elétrica e das frutas e hortaliças, que compensaram as pressões vindas do transporte. O resultado contrasta com o cenário nacional, onde o índice avançou 0,03% em novembro, influenciado pelas altas na energia elétrica em várias capitais e no preço das carnes.
No conjunto, a inflação da Grande Vitória terminou novembro mais amena que a média brasileira, beneficiada pela queda na conta de luz e por recuos expressivos na alimentação. Mesmo assim, passagens aéreas e serviços de transporte continuam sendo os vilões do mês para o bolso das famílias capixabas.











