Na próxima quarta-feira (1), o Instituto Goiamum inaugura oficialmente, em sua sede no município da Serra, as instalações do Projeto Sururu — uma iniciativa inovadora que conecta preservação ambiental, geração de renda e agricultura sustentável.
O projeto atua no reaproveitamento das cascas do sururu, tradicional marisco dos manguezais capixabas. O material, que antes era descartado na beira do mangue, agora é recolhido, processado e transformado em corretivo de solo para agricultores, devolvendo nutrientes à natureza e promovendo a regeneração dos ecossistemas costeiros.
Mais de 50 mulheres da comunidade de Mangue Seco, em Porto Santana (Cariacica), serão diretamente beneficiadas. Mesmo sendo a menor comunidade pesqueira do Espírito Santo, ela produz cerca de 10 toneladas de cascas por mês. Com o Projeto Sururu, essas marisqueiras passam a ter uma segunda fonte de renda, fortalecendo o protagonismo feminino e valorizando uma cultura ancestral de pesca.
A iniciativa integra o conceito de Economia Azul, ao fechar um ciclo produtivo que beneficia a natureza, gera impacto social e movimenta a economia local. O projeto tem o apoio fundamental do Fundo Estadual do Meio Ambiente (FUNDEMA) e da equipe de pesquisa da Labemar/UFES, garantindo rigor técnico e ambiental.
Para marcar o lançamento, foram convidadas autoridades municipais, representantes do FUNDEMA, lideranças comunitárias e parceiros do projeto, reforçando o compromisso coletivo com a preservação dos manguezais e com a inovação sustentável.
“Estamos escrevendo uma nova história para as marisqueiras do Espírito Santo.
O Projeto Sururu mostra que é possível unir tradição, ciência e economia para regenerar a natureza e gerar renda para quem mais precisa”, afirma Wita Sassi, diretor do Instituto Goiamum.