Os eventos climáticos que acontecem em todo o mundo são pautas das principais reuniões mundiais. E um dos assuntos mais comentados é a descarbonização, que é o processo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Descarbonizar não é algo longe da realidade mundial e pode ser aplicada na economia, mudando a forma como bens e serviços são produzidos e entregues, mudando a forma como a construção civil está, como as lavouras são plantadas.
O combustível fóssil, mais usado nos meios de transportes, por exemplo, podem ser substituídos por fontes de energia renovável. Dessa forma, será possível limitar o aquecimento global de 1,5ºC.
Desafio
O grande desafio é conscientizar os grandes empresários a deixar o tradicional e experimentar o novo, que como em tudo, pode causar dúvida, mas que para a posteridade, realmente fará a diferença no mundo. Atualmente há uma urgência mundial de investimentos nas pautas de sustentabilidade. Mas, como podemos motivar os empresários, governantes a mudar as estratégias que usam e dão certo em suas empresas?
De acordo com o Observatório Findes, que realizou uma Pesquisa Descarbonização e Eficiência Energética 2025, basta conhecer como tudo isso funciona. Empresários não gostam de perder e para provar e incentivar a mudança temos que preencher algumas lacunas. A ausência prejudica a formulação de políticas públicas e a definição de estratégias corporativas eficazes.
A solução para esse problema está aqui. Em outubro de 2024, por iniciativa do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), foi realizada em parceria com o Observatório Findes uma pesquisa para investigar a temática da descarbonização nas empresas capixabas. Esse estudo inédito foi divulgado nesta segunda-feira, 17, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
O objetivo é criar um instrumento financeiro que auxilie as empresas no caminho da transição para uma economia de baixo carbono.
O observatório foi em busca de respostas para saber como as empresas, indústrias e comércios veem a descarbonização. Primeiro saber como é a percepção das empresa; maturidade das empresas, desafios enfrentados e investimentos.
Os estudos comprovaram que 18% das empresas afirmam possuir domínio do tema e acompanha tendências e inovações regularmente; 78% declararam ter conhecimento entre básico e intermediário sobre o tema.
Paulo Baraona, presidente da Findes, destaca a importância dessa pesquisa que vai de encontro com o setor produtivo, que está em busca de soluções que contribuam para um futuro de baixo carbono e que fortaleçam o movimento de transição energética no estado e no país.
“A partir desse levantamento será possível, de forma conjunta entre a iniciativa privada e o poder público, identificar oportunidades comerciais e gerar potenciais parcerias que estejam alinhadas às estratégias de diversificação da matriz energética e descarbonização”, disse Barao.
“A indústria tem cada vez mais liderado essa agenda e a Findes é uma grande entusiasta e estimuladora do desenvolvimento de tecnologias e inovações que contribuam para tornar os negócios mais eficientes, produtivos e sustentáveis”, completou o presidente da Findes
Indústrias capixabas devem investir de R$ 500 mil a R$ 5 mi em descarbonização