Um projeto pronto, cheio de planos pelo fim da polarização entre Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT), fez o bombeiro militar, com a patente de capitão, Handerson Braga se colocar como candidato – talvez o mais forte – dos quadros do PRTB. Ele chegou a se encontrar com o vice-presidente da República Hamilton Mourão, em Brasília. Mas foi o mesmo Mourão que determinou: retirem a candidatura à prefeito na Serra.
A informação foi da Executiva estadual do partido, que justificou que Handerson Braga negociou, sem o acordo do partido e na contramão do que a Nacional havia orientado, com Vandinho Leite (PSDB). A partir desta negociação foi homologada coligação de chapa proporcional, com 35 candidatos a vereadores.
Uma intervenção foi definida e candidatura à prefeitura retirada. Mas capitão Handerson tem outra versão. E se emociona ao falar do assunto, dizendo que retirar sua candidatura foi uma decisão pessoal, discutida com a família e o partido, destacando ser ele o presidente municipal do PRTB da Serra.
Disse que a falta de um fundo partidário, estrutura e equipe foram fatores determinantes para esta decisão. E que ele ficou mais preocupado com os “35 filhos”, se referindo à chapa de vereadores.
“Foi uma decisão municipal, pois o partido decidiu lançar candidatura em diversas cidades, mas não temos base, não temos fundo partidário e sem estrutura mínima não tem condições. A vontade de ser candidato sempre existiu, tenho projeto, mas isso não basta. Vandinho Leite é o candidato que mais se aproxima do projeto de Bolsonaro. Vou apoiar Vandinho, eu, o capitão Handerson, aí é uma decisão pessoal”.
Por ser uma cidade com mais de 200 mil habitantes, a coligação pode não ser homologada pela Executiva nacional. Contudo, não há prejuízo às candidaturas a vereador do PRTB.