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Como lidar com as dívidas em momentos de crise econômica

Como lidar com as dívidas em momentos de crise econômica
Dinheiro (Pxhere)

O número de pessoas endividadas no país nunca foi tão alto.

A fragilizada economia e a crise do novo coronavírus agravaram ainda mais a situação financeira em muitos lares brasileiros.

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que, em junho de 2020, a proporção de famílias que acumulam dívidas no Brasil chegou a 67,1% – maior índice já registrado desde que o levantamento teve início, em 2010.

O que torna o momento ainda mais crítico é que o recorde anterior foi registrado em abril deste ano, quando o índice foi de 66,6%.

O cartão de crédito, segundo a pesquisa, é o maior responsável pelas dívidas, com 76,1%, seguido dos carnês (17,4%) e do financiamento de veículos (11,7%).

Com os boletos acumulando, muita gente recorre às opções de empréstimos disponíveis no mercado, como o crédito consignado, mesmo sem avaliar com cautela os reais benefícios e riscos dessa modalidade.

Dívidas fora do controle, emergências médicas para as quais não havia reserva de dinheiro ou até mesmo necessidade de reformas repentinas em casa também estão entre os motivos que levam à busca por socorro nos bancos e outras instituições credoras.

No entanto, contratar um empréstimo é uma decisão importante, com impacto significativo no orçamento mensal.

Deve-se avaliar criteriosamente taxa de juros, prazo para pagamento e despesas atuais, antes de tomar a decisão para que a situação não se agrave, ocorrendo o efeito contrário.

No caso do empréstimo consignado, as parcelas referentes ao montante contratado são descontadas diretamente do salário ou da aposentadoria do cliente.

A principal vantagem dessa opção é que os credores podem cobrar taxas de juros menores justamente por terem a garantia de que irão receber.

Existe também um teto para essa tarifa, ao contrário do que acontece em outras modalidades.

O valor gira em torno de 1,80% ao mês para aposentados e pensionistas do INSS; e 2,08% para servidores públicos.

As taxas para funcionários de empresas privadas variam de banco para banco.

Os juros do empréstimo consignado ainda são bem mais baixos se comparados aos do cheque especial e do cartão de crédito.

Inclusive, é possível contratá-lo mesmo com o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e no Serasa.

O empréstimo não pode comprometer mais do que 35% da renda do solicitante, ou seja, salário, benefício do INSS ou pensão.

Essa porcentagem é conhecida como margem consignável e tem como objetivo evitar que o trabalhador comprometa o próprio salário mais do que deveria.

O que priorizar para sair do sufoco

A primeira recomendação para quem recorre a uma linha de crédito é priorizar as dívidas mais caras para que sejam as primeiras a serem quitadas.

Geralmente são elas que têm os juros mais altos e, por conta disso, tornam-se difíceis de serem zeradas.

Com o valor do empréstimo disponível há a chance de pagá-las de uma só vez, eliminando juros, multas e encargos.

Em algumas opções, o consumidor pode realizar portabilidade da dívida para um outro banco que ofereça melhores condições.

Basta o titular fazer a solicitação e respeitar o número mínimo de parcelas quitadas exigida pelo banco em que é cliente.

Esse percentual costuma ficar em torno de 30% a 35% do número total de parcelas do contrato, mas pode variar conforme a política de crédito de cada instituição.

Outra saída que deve ser considerada para sair do sufoco é tentar renegociar as dívidas diretamente com os credores, deixando claro que não é possível quitá-las dentro do prazo estipulado.

O quanto antes o consumidor mostrar interesse em resolver seus débitos, mais chances terá de conseguir um acordo bem sucedido.

Apesar dessas saídas, o melhor caminho é fazer um planejamento financeiro de longo prazo.

Anotar todas as receitas e despesas, escolher melhor onde e quando investir e, principalmente, fugir das altas taxas de juros do cartão de crédito são algumas dicas simples e possíveis de serem colocadas em prática para evitar perder o controle dos gastos e ter transtornos futuros.

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