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Comandante-geral desmente BO e afirma que não agrediu a esposa

O Comandante-Geral da Polícia Militar do Espírito Santo, Douglas Caus, se pronunciou nesta sexta-feira (4), após a repercussão do caso em que é suspeito de agredir a esposa durante uma briga. Ele desmentiu o Boletim de Ocorrência (BO) e afirma que houve uma “discussão” e não “agressão”.

Comandante-geral desmente BO e afirma que não agrediu a esposa
Foto: Thais Rossi/ESHOJE

Sem entrar em detalhes, por envolver assuntos familiares, Douglas Caus contou, em partes, o que teria acontecido na noite do dia 2 de setembro entre ele e a esposa, com quem é casado há 30 anos.

“Em momento algum durante o fato narrado na ocorrência há menção ao ocorrido. Em momento algum houve nenhum tipo de agressão. Houve sim uma discussão a respeito de alguns assuntos relativos a nossa vida íntima, principalmente no que tange a minha grande dedicação a Polícia Militar. Isso causa um desgaste físico importante pra mim. Automaticamente, reconheci a ela que, com toda essa dedicação, seja nos fins de semana ou feriados, tenho ficado ausente por muito tempo. Ela me cobra”.

Na versão dele, no dia do fato, a discussão aconteceu por essa razão. E que a esposa teria ‘aumentando o tom de voz’. “Ela falou num tom mais alto. Eu sai de casa para cumprir meus afazeres de todo dia, entre eles supermercado, padaria, farmácia e pedalar, algo que faço quase todos os dias. Ela queria que eu ficasse em casa. Peguei a chave da mão dela e sai de casa. É bom que se frise que a todo momento mantive a calma e tranquilidade. Ela foi aumentando o tom de voz e meu filho, ouvindo a discussão, chamou a viatura da polícia. Ele fez isso porque enxerga na Polícia Militar a extensão da minha família. Porque a grande maioria dos meus amigos são policiais militares. Viu nisso uma forma de acalmar os ânimos”, afirmou.

Ele confirmou que já não estava quando a viatura chegou e a ocorrência foi feita. E classificou de “vazamento” a divulgação do BO, uma vez que, registrada, a ocorrência no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES) só pode ser acessada com login e senha por pessoas específicas.

“Somente pessoas credenciadas tem acesso. Alguém tirou uma foto da tela do computador e espalhou, literalmente, para todos os cantos do estado. Isso é um ato criminoso. Minha intimidade, enquanto Comandante-geral, e de qualquer capixaba, não pode ser exposta. Quem fez isso sabia que era eu, que a ocorrência era relativa a minha família e, de forma leviana, divulgou o conteúdo”.

Por essa razão, Douglas Caus afirmou que, se provado o vazamento, pretende processar o responsável por danos morais. A família está com medo, já que foram divulgados nomes, sobrenomes, endereço e até número de celular pessoal. Enquanto Comandante-geral da PM capixaba, ele disse que está exposto e supos que “criminosos” não estão gostando da atuação dele frente a corporação.

“Não quero segurança, não preciso. A não ser que o Serviço de Inteligência diga que eu preciso. Mas sim, em relação a minha família, terei muito mais cuidados agora”, afirmou.

Outra briga

Uma outra briga teria acontecido de 2019. E, semelhante a atual, ele não estava em casa quando a polícia chegou (o CIODES foi acionado pela mulher). Caus relatou que, na época, trabalhava na diretoria da saúde do Hospital da Polícia Militar (HPM).

Ele citou vários problemas estruturais e, diante disso, falando novamente da dedicação que tem a PM, no dia 24 de dezembro, saiu (preocupado com uma possível ocorrência grave), enquanto a ceia de natal era preparada e aguardava amigos. Isso teria causado uma discussão com a esposa. Mas com a repercussão atual, ela voltou atrás e negou que tenha sido agredida também nessa ocasião.

“Naquele momento que sai de casa, ela queria que eu voltasse. Ela acionou a Polícia Militar. Ela errou e admitiu. Não era o fato de acionar a Polícia Militar que faria com eu voltasse de uma missão importante”. E disse que, na época, ela passava por “tratamento” e ainda passa.

Por fim, Douglas Caus disse que não estava armado. Que não coaduna com nenhum tipo de agressão. Que a esposa foi ouvida pela Polícia Civil (O BO foi registrado na Delegacia da Mulher de Vila Velha), que investiga o caso, e que está a disposição, junto com o filho, para também prestarem esclarecimentos. O caso não será levado a Corregedoria da Polícia Militar, porque não envolve a conduta dele dentro da corporação.

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