Há cerca de dez meses eram iniciadas as obras de revitalização da Avenida Vitória, na capital capixaba. Antes do previsto, na próxima terça-feira (8), aniversário de Vitória, a “nova” avenida será entregue e inaugurada, conforme contou o prefeito da capital, Luciano Rezende (Cidadania), em uma rede social no último dia 29. A previsão inicial era de um ano, contado a partir de 22 de outubro de 2019.
Com a entrega para daqui a menos de 72 horas em uma solenidade, os imóveis da região e adjacências tendem a ficar mais valorizados em razão das melhorias (ciclovia, asfalto recuperado e microdrenagem).
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, a tendência é que haja valorização. No entanto, dependerá das condições dos imóveis e o que eles têm a oferecer.
“Normalmente, quando você faz uma reurbanização, ou melhoraria, em áreas como a Avenida Vitória e Leitão da Silva, que são de importância para a cidade, você cria um fluxo melhor nessas vias e facilita o acesso das pessoas a algum comércio, por exemplo. A tendência é que haja uma pequena valorização, só que depende muito do comércio e se o mesmo tem estacionamento ou não. Mesmo assim, não é uma valorização linear, depende muito do imóvel”, ressaltou, dizendo que é um conjunto que torna atrativo não só para a Avenida Vitoria, mas também para outros bairros.
Outro fator que também deve influenciar na valorização dos imóveis na região da Avenida Vitória é a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com presidente em exercício do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 13ª Região/ES (Creci-ES), Luiz Carlos Tófano, “estamos vivendo um momento bastante peculiar, não apenas para o Brasil, mas, para o mundo inteiro”.
“Mensurar a valorização de um imóvel para daqui a quatro meses ou mais, com o mundo nessa situação é ainda muito complicado. A pandemia exigiu mudanças em todas as áreas e com o mercado imobiliário não foi diferente. O setor tem conseguido se reinventar. Cremos que a economia tende a se normalizar, e as obras com certeza trarão valorização”, destacou Tófano.
Neste caminho, o presidente eleito do Creci-ES, Aurélio Cápua Dallapícula, pondera que “o percentual desse valor vai depender do momento econômico do país. Rogando estejamos já superando ou superada a pandemia”.
Obras
Há cerca de dois meses as obras da “nova” avenida Vitória estavam 83% executadas. Em 7 de agosto, a intervenção chegou a marca de 95% concluída, segundo o prefeito de Vitória. “Moderna, segura, arborizada e com uma linda ciclovia. Ela já está quase pronta. Antes do prazo previsto de um ano. 95% concluída”, disse Rezende em uma rede social.
Dez dias depois, em 17 de agosto, após a retirada da estrutura da passarela da Avenida Vitória, no sentido Centro, erguida no local há 42 anos, as obras estavam 97% concluídas. Ao todo, serão mais de 300 dias de obras desde o início, em outubro de 2019.
A revitalização contempla a reabilitação da malha viária e a reurbanização do local, além da implantação de ciclovia e trabalho de microdrenagem.
Para Baraona, a integração das ciclovias pela cidade, que não é muito extensa, facilita o futuro da capital e gera um pensamento de usar mais a bicicleta como meio de transporte . “É uma tradição, como a Avenida Leitão da Silva, que foi feita com ciclovia, e outras vias que também sofrerão outras intervenções. Fala-se muito da Avenida Rio Branco. Acho que são obras estruturantes para mobilizar nossa cidade”.
A faixa da direita da Avenida Vitória, por onde passam os ônibus e veículos mais pesados, foi revestida de concreto, pois a durabilidade é maior que o asfalto.