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10 de fevereiro de 2025
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Luiz Paulo Vellozo Lucas
Luiz Paulo Vellozo Lucas
Luiz Paulo Vellozo Lucas - engenheiro de produção pela UFRJ com cursos de pós graduação em finanças (Arthur Andersen), desenvolvimento econômico(BNDES) e economia industrial (IE-UFRJ), mestrado em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável pela UFES. Foi funcionário de carreira concursado do BNDES onde ingressou em 1980, aposentando-se em agosto de 2016. Foi prefeito de Vitória por dois mandatos consecutivos (1997-2000 e 2000-2004), deputado federal pelo Espírito Santo e foi diretor Presidente do BANDES, Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo entre 2015 e 2016 e do IJSN-Instituto Jones dos Santos Neves entre 2019 e 2020. Luiz Paulo escreve quinzenalmente, sempre às sextas-feiras.
A opinião dos colunistas é de inteira responsabilidade de cada um deles e não reflete a posição de ES Hoje

Rotas capixabas

No período em que estive `a frente da Prefeitura de Vitória, (1997-2004) criamos, em conjunto com o “trade” turístico e outras prefeituras, dois pacotes para serem oferecidos no mercado de São Paulo, principal emissor de visitantes no turismo doméstico brasileiro: Rota do Sol e da Moqueca, cinco dias em Guarapari, Vila Velha, Vitória e Serra; Rota do Mar e da Montanha que contemplava também Domingos Martins e Santa Tereza. Criamos marca e produzimos folheteria de suporte além de sinalização turística nas estradas e em pontos de interesse especial.

Nossos produtos deveriam concorrer com destinos já consagrados como Porto Seguro e assim tínhamos que praticar um preço competitivo. As companhias aéreas e os hotéis faziam descontos e nossos pacotes eram promovidos em campanhas publicitárias em São Paulo que contavam com apoio financeiro da Embratur.

Os novos aplicativos de hospedagem mudaram muito o mercado mas os pacotes ainda são muito importantes principalmente quando se trata de consolidar um novo destino turístico e dar volume na baixa temporada. As opções de entretenimento e lazer além da gastronomia e demais serviços de hospedagem e alimentação  são estimulados a diversificar e a se aperfeiçoar. O calendário de eventos vinculado ao pacote também vai se fortalecendo.

Precisamos cavar nosso espaço  no turismo nacional e internacional e este é um trabalho intensivo em articulação das prefeituras com o governo do estado e o “trade” turístico. O turismo de negócios e de congressos já se faz presente e a concessão para o setor privado do parque de exposições vai turbinar este setor; o turismo náutico precisa desesperadamente de mais marinas e “waterfronts” e aguarda ansiosa a inauguração do Cais das Artes.

Os aeroportos regionais de Cachoeiro do Itapemirim e Linhares abrem um novo horizonte para o desenvolvimento de produtos turísticos a semelhança das “Rotas” desenvolvidas no passado pela PMV. Pacotes a serem oferecidos nos mercados emissores, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal com vôos diretos para Cachoeiro e Linhares. A região do Caparaó e o litoral sul capixaba podem  se consorciar numa ou mais “Rotas” a partir de Cachoeiro. O surf de Regência, o forró de Itaúnas e o vôo livre de Pancas podem ancorar varias “Rotas” a partir do aeroporto de Linhares. Os parques naturais do Espirito Santo, administrados em parceria com a iniciativa privada para serem atrativos turísticos, como propõe Felipe Rigoni, criarão novas possibilidades de pacotes e “Rotas”.

O turismo internacional no Brasil é pequeno (menos de 2% )e metade tem origem nos países do Mercosul.  Os novos pacotes podem ajudar a colocar o Espirito Santo neste nicho onde já pontificam outros estados brasileiros tais como Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco.

Devemos seguir o conselho de Nizan Guanaes e sair da invisibilidade.

Luiz Paulo Vellozo Lucas
Luiz Paulo Vellozo Lucas
Luiz Paulo Vellozo Lucas - engenheiro de produção pela UFRJ com cursos de pós graduação em finanças (Arthur Andersen), desenvolvimento econômico(BNDES) e economia industrial (IE-UFRJ), mestrado em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável pela UFES. Foi funcionário de carreira concursado do BNDES onde ingressou em 1980, aposentando-se em agosto de 2016. Foi prefeito de Vitória por dois mandatos consecutivos (1997-2000 e 2000-2004), deputado federal pelo Espírito Santo e foi diretor Presidente do BANDES, Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo entre 2015 e 2016 e do IJSN-Instituto Jones dos Santos Neves entre 2019 e 2020. Luiz Paulo escreve quinzenalmente, sempre às sextas-feiras.

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