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Cigarro e álcool multiplicam em 20 vezes o risco de câncer de cabeça e pescoço

Fumar e consumir bebidas alcoólicas multiplicam em até 20 vezes o risco de uma pessoa saudável desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. A informação é da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

A médica radioterapeuta Lorraine Juri, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que estudos revelam que a exposição ao tabaco e ao álcool são os principais fatores associados ao surgimento do carcinoma espinocelular – tumor mais frequente, com cerca de 90% dos casos – do trato aerodigestivo superior (composto pelas estruturas por onde as pessoas respiram e comem).

“Este tipo de câncer afeta principalmente pacientes que fumam ou consomem bebidas alcoólicas, que possuem uma má higienização bucal e também pode estar associado à infecção por virus Epstein-Barr (HBV) ou Papilomavírus Humano (HPV)”, afirma Lorraine Juri.
O câncer de cabeça e pescoço engloba os tumores que atingem a cavidade do nariz, seios da face, boca, lábios, laringe (cordas vocais), faringe, tireóide, glândulas salivares e pele da face/couro cabeludo/pescoço.

Diagnóstico precoce

Na campanha Julho Verde, mês de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, a especialista explica que a maior dificuldade é fazer o diagnóstico precoce da doença. Em média, 76% dos casos só são diagnosticados em estágio avançado, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Infelizmente, muitos dos sinais iniciais são facilmente confundidos com outras patologias benignas, ou ainda não são valorizadas pela população em geral. Como ainda não existem exames de rastreamento e grandes campanhas de divulgação em massa para o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço, cerca de 70% dos pacientes que procuram cuidados médicos já chegam com tumores em fase avançada”, explica a médica.

Reconhecer o tumor precocemente é o principal fator de cura, de acordo com a especialista.

“Os sinais mais comuns de alerta são manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas persistentes, lesões nos lábios que não cicatrizam, dores constantes nos ouvidos, sangramentos ou obstruções nasais, sensação de espinha na garganta, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz”, destacou.

Os principais tipos de tratamento para tratar os tumores de cabeça e pescoço são cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Depois do diagnóstico e estadiamento (que é quando a extensão da doença é avaliada), o médico irá discutir junto com o paciente qual ou quais as melhores modalidades de tratamento para cada caso”, diz a especialista.

Entre os homens, o principal tipo de câncer desta natureza é o de boca e, nas mulheres, o de tireoide. Este tipo de neoplasia mata 10 mil pessoas por ano, de acordo com o Inca. Mais de 43 mil brasileiros são acometidos pela doença por ano.

As lesões iniciais têm um prognóstico melhor. Já nos estágios avançados, a sobrevida pode cair para menos de 50% em 5 anos.

Como evitar

Algumas medidas são recomendadas para prevenir a doença, como evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. De acordo com a médica, é aconselhável estar atento a alguns sinais do corpo, como dor de garganta persistente, dificuldades para engolir e rouquidão.

“Manter uma alimentação rica em frutas e verduras, conservar boa higiene bucal e usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral, também são fatores que contribuem para a prevenção da doença”, destaca.

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