No mês marcado pelo carnaval, por aglomerações e pelo colapso do sistema de saúde de vários Estados brasileiros, o Espírito Santo apresentou uma ligeira queda de 1,1% nos casos ativos de coronavírus. Enquanto no dia 31 de janeiro eram 12.173 casos, o número caiu para 12.040 no dia 28 de fevereiro.
O total de casos ativos é representado pelo número de pessoas que estão com a doença e o vírus ativo no corpo. O número é obtido pela subtração dos óbitos e pessoas curadas do número total de casos positivos.
Apesar na queda no número de casos, o secretário de saúde, Nésio Fernandes, afirmou nesse sábado (27) que, apesar da estabilização no número de casos, não podemos relaxar. “Previmos que, pela sazonalidade das doenças respiratórias no Espírito Santo, em março e abril uma nova fase de aceleração poderia ocorrer. A terceira onda da doença foi anunciada”, alertou.
Além disso, Nésio também disse que pela previsão de um estado crítico, até o mês de abril o Espírito Santo deverá ampliar o número de leitos de UTI para Covid-19 para 900.
O virologista Rômulo Neris, doutorando em imunologia e inflamação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também destacou que, mesmo com uma ligeira queda no número de casos, os cuidados devem ser mantidos.
“Cuidados, entre eles uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social poderiam começar a ser revistos tão logo aconteça a imunização de toda a população. Uma vez que a janela de vacinação será grande, esses cuidados ainda devem permanecer, por pelo menos, dois anos após o ínicio da vacinação”.
No domingo (28) o governador Renato Casagrande (PSB) reforçou que “é preciso seguir com todos os protocolos indicados pela ciência” e também disse que “negar a doença é irresponsabilidade que coloca vidas em risco”.
