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Caso não haja eficácia, dose de reforço será aplicada em voluntários de Viana

O projeto Viana Vacinada pretende vacinar a população do município que tenha entre 18 e 49 anos com meia dose da AstraZeneca. A ideia é testar a ministração de duas doses incompletas, tendo em vista que a aplicação de uma dose completa e metade de uma se mostrou mais eficaz em termos de imunização.

O município foi escolhido por reunir as condições que atendem aos objetivos do projeto, como ser próxima e integrada à Grande Vitória, oferecendo facilidade logística. Além disso, a cidade possui rede de atenção à saúde bem estruturada, com um número adequado de postos de saúde e logística de vacinação organizada.

A epidemiologista Ethel Maciel se manifestou em uma de suas redes sociais a respeito do estudo, que considera preocupante, devido o fato de não ter sido testado em um grupo de controle antes da pesquisa com a população de Viana. “Acho complexo submeter uma população sem ensaio de não inferioridade anterior. Principalmente em um momento de em que a efetividade da dose padrão ainda está sendo avaliada. Não é uma vacina que já temos muitas evidência ou experiência”, disse em uma das postagens.

Ethel sugere a realização de um ensaio clínica, onde um grupo receba as duas doses completas e outro duas doses pela metade. Ao fim poderão, desta. forma ser comparados a eficácia e segurança dos esquemas vacinais.

Para ela é importante que os voluntários tenham ciência de que estão participando de uma pesquisa em andamento. “Considero fundamental que a população compreenda que não está sendo vacinada com a dose aprovada pela Anvisa, mas está participando de uma pesquisa”, ressalta.

O pesquisador José Geraldo Mill, gerente de Ensino e Pesquisa do Hucam-Ufes, hospital universitário ligado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) afirma que caso o esquema vacinal não seja eficaz, uma terceira dose do imunizante será aplicada. “Aqueles indivíduos que não alcançarem níveis de anticorpos protetores, terão o direito de receber dose padrão de reforço, após 6 meses”, ressalta.

Ele explica que não podem se voluntariar ao estudo aqueles que já apresentaram algum tipo de reação alérgica a qualquer outra vacina previamente administrada ou tenha recebido outra vacina nos últimos 14 dias. Os efeitos colaterais eu podem ser desenvolvidos reação após a vacina são dor no local da injeção, dor de cabeça e febre. “Esses sintomas são passageiros e espera-se que sejam semelhantes àqueles que estão recebendo dose padrão”, conclui.

O projeto foi aprovado no Comitê de Ética do Hucam e pela Comissão Nacional de Ensino e Pesquisa (Conep) e pretende atingir uma cobertura vacinal de 85%.

Crédito: Imagem em destaque – SeongJoon Cho/Bloomberg.

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