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Casada com prefeito que teve os votos anulados, Fernanda Milanese é eleita em Boa Esperança

Candidata do Solidariedade, Fernanda Milanese foi eleita, no final da tarde deste domingo (1), com mais de 50% dos votos, a nova prefeita de Boa Esperança, na região Noroeste do estado. Ela é casada com Romualdo Milanese (Solidariedade), que teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, não podendo, junto ao vice na chapa, Rogério Vieira (PSB), ser diplomado e assumir os cargo.

A disputa no município, que, diante dos acontecimentos, precisou passar por eleições suplementares oito meses após o pleito de 2020, estava entre Fernanda, Antônio José (Republicanos) e Claudio Boa Fruta (DEM), que, respectivamente, ficaram em primeiro, segundo (42,51%) e terceiro lugar (7,35%).

Ao todo, mais de 10 mil eleitores foram às urnas neste domingo no município. Os locais de votação ficaram abertos das 07h às 17hs. Os que não puderam comparecer ao pleito, têm até 60 dias para justificar a ausência às urnas. Acesse aqui mais informações sobre a Justificativa Eleitoral.

Durante a campanha, Fernanda contou com o apoio de nomes conhecidos no cenário político capixaba, como: a vice-governadora Jacquelina Moraes (PSB), o prefeito do município da Serra, Sérgio Vidigal (PDT) e o senador Marcos Do Val (Podemos).

Entenda o caso de Boa Esperança

Em abril deste ano, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, por maioria de votos, o indeferimento ao registro de Romualdo Milanese (Solidariedade), candidato mais votado para prefeito de Boa Esperança nas eleições de 2020. A decisão aconteceu após o TRE-ES ter barrado a candidatura de Milanese.

Durante o pleito, o então candidato estava com os direitos políticos suspensos por três anos, em razão da prática de ato de improbidade administrativa. Ou seja, Milanese estava inelegível na data em que se filiou ao Solidariedade, em abril de 2020, para concorrer ao cargo de prefeito.

Leia também > TSE convoca novas eleições para prefeito de Boa Esperança

A grande questão do processo era definir a partir de qual data deveria valer a suspensão: a que consta na decisão da Justiça comum — incluída no cadastro nacional de eleitores no momento do pedido do registro — ou se a determinada no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), data considerada pelo TRE-ES.

Na sessão do dia 23 de fevereiro deste ano, o relator do recurso, ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, já havia votado, no sentido de endossar a decisão do regional e determinar a realização de nova eleição no município. Conforme reforçado pelo relator, a suspensão dos direitos teria começado a valer em 19 de maio de 2017 e terminado em 18 de maio de 2020, conforme certidão emitida pelo STF.

“Como o político se filiou ao Solidariedade no dia 3 de abril, um mês antes de o prazo de inelegibilidade terminar, ele estaria, então, inelegível”, destacou o ministro Tarcisio ao proferir seu voto na sessão inicial.

Foto: Reprodução/Instagram

Matheus Passos
Matheus Passos
Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário Faesa, atua como repórter multimídia no ESHoje desde abril de 2021. Atualmente também apresenta e produz o podcast ESOuVe. Ingressou como estagiário em junho de 2019. Antes atuou na Unidade de Comunicação Integrada da Federação das Indústrias do Estado (Findes).

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