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Cachorros e gatos podem doar sangue para salvar vidas e prevenir doenças

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A cadela Leona faz tranfusão de sangue. Assim como ela, outros pets podem fazer, dentro de critérios específicos. Foto: Lorena Goldner.

Nesta quinta-feira (14), é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Mas você sabia que seu pet também pode doar? Além de ser um ato nobre, o diagnóstico completo serve como avaliação da saúde dos bichinhos. No entanto, o procedimento ainda é desconhecido.

A veterinária Lorena Goldner explicou que em Vitória só há um banco que coleta o sangue dos pets. A dificuldade também fica por conta do preço. O procedimento custa R$ 300 (transfusão) e R$ 400 (bolsa). Isso para transferência imediata. “Para outras doenças mais crônicas precisa ser igual nos humanos, transformado em varias bolsinhas com plaquetas e hemácias”.

Segundo a veterinária, o animal precisa ser de grande porte; ter entre 1 e 8 anos; pesar mais que 25 kg, e ter todas as vacinas em dia. Outros critérios são: ter temperamento calmo; não ter doenças infecciosas; não fazer uso de medicação. As fêmeas não podem estar prenhas ou no cio.

“Os cachorros são mais fáceis de doar sangue. Tanto eles quanto os gatos tem tipos sanguíneos, mas no caso dos gatos, que são mais específicos, são três e não consigo fazer sem testar. Se não tiver compatibilidade certa, eles podem morrer. Já nos cachorros consigo fazer sem testar”.

Lorena explicou que a transfusão demora em torno de 4 horas. Os pets são medicados para não ter alergias. Mesmo assim, há possibilidade de reação, e por isso, eles permanecem internado, sob observação do profissional veterinário.

“Quem mais precisa do sangue são aqueles que têm doenças transmitidas através do carrapato. São os que mais chegam para nós. Se a pessoa não previne contra o carrapato, ele pode pegar a doença e morrer de anemia severa. Isso pode ser prevenido com medicações orais, por até três meses. Os gatos podem pegar leucemia felina por brigadas. É a Felv. Mas se ele for vacinado, não corre o risco”, explicou.

Apenas uma clínica

O veterinário Eduardo Oliverio Bosio é dono do único laboratório veterinário e banco de sangue para cães e gatos do Espírito Santo, e atende cerca de 20 animais por mês. Ele explica que fraciona as bolsas, e separa o sangue em hemocomponentes, que se dividem em três: hemácias, plaquetas e plasma fresco congelado. Cada um deles é para casos específicos.

“Talvez a principal problema seja conseguir doadores como na medicina humana. O custo dos equipamentos também não é barato. Precisa de geladeira própria, refrigerador, agitador de plaqueta. Fora que os doadores são todos triados. Fazemos a separação para cinco doenças e outros exames. É difícil uma clinica conseguir fazer tudo isso, principalmente separar o sangue”, explicou.

O veterinário faz campanhas nas redes sociais para conseguir doadores, e disse que gostaria de parceria com alguma clinica para rodar mais o laboratório e assim ganhar mais doadores. Ele explicou que alguns sinais podem ajudar o dono a identificar que o pet precisa de uma transfusão sanguínea.

“No caso da anemia, dependendo do grau, ele fica mais quieto. Algumas vezes fica mais ofegante. Em distúrbio de plaquetas, o animal pode ter sangramento ou apresentar pintas vermelhas”.

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