No início do ano comecei a me questionar cada vez mais sobre a importância da felicidade corporativa dentro das empresas, um assunto que já vinha sendo discutido há muito tempo e um assunto que ganhará relevância após os momentos tão atípicos em que estamos, a sociedade foi inserida desde que a pandemia começou. A felicidade em tempos de COVID 19 foi drasticamente reduzida no Peru (26%), Chile (15%), México (13%) e Índia (11%). A gestão das pessoas através de meios virtuais tem tornado as relações mais frias e distantes.
Um estudo feito em 2015 pela Universidade de Warwick provou que funcionários mais felizes são 12% mais produtivos. Muitas empresas perceberam que investir na felicidade corporativa é um estado benéfico tanto para seus funcionários quanto para os resultados financeiros. Desta forma que nasce o Chief Happiness Officer (CHO) ou Diretor de Felicidade, uma maneira mais eficiente de desenvolver o fator felicidade no local de trabalho. Ao longo da última década, as estatísticas sobre a infelicidade dos funcionários foram instigantes.
De acordo com um relatório da Gallup de 2013, apenas 30% da força de trabalho está engajada e quase 1 funcionário em 5 está ativamente desligado. Em estudo ainda mais revelador divulgado pelo CareerBuilder em 2019, 70% dos trabalhadores afirmam não se sentir satisfeitos com a carreira.
Segundo a Exame, o Brasil conta com 89 gestores executivos da felicidade, ou ‘Chief Happiness Officer’. Com chegada da pandemia e com o aumento de transtornos mentais nas empresas, como ansiedade e depressão, a procura cresceu 200%.
Após essas análises embarquei no desafio de me conhecer mais sobre o assunto, aprender para por na prática, não unicamente pelo fato de que isso tem se tornado um diferencial nas empresas, mas pelo propósito de aprender cada vez mais como eu profissional posso ajudar nessa jornada das empresas e dos profissionais para não cairmos em mais uma estatística. Foi quando conheci a certificação em CHO, onde conheci minha instrutora Carla Furtado.
Ela ressalta que muitas empresas são tóxicas para determinadas pessoas, tem culturas extremamente competitivas, onde nem toda pessoa vai se sentir bem. Nós como profissionais na área de pessoas e de cultura precisamos prestar atenção a desvios de conduta instalados e fatores que causam sofrimento.
Mas de onde vêm essa certificação tão requisitada pelas empresas e tão procurada pelos profissionais de RH?O método de transformar o ambiente de trabalho por meio da liderança, que garante certificação internacional, o “Chief Happiness Officer”, é original da Dinamarca pela Woohoo Partnership. A jornada do curso foi baseada em programas de felicidade alicerçados na psicologia positiva, um estudo que já existe há mais de duas décadas, combinado com neurociência. Além dessas áreas de conhecimento científico, também formos imersos na tecnologia chamada “Teoria U”, de transformação social desenvolvida no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Embora não haja uma definição universalmente estabelecida da função, os CHOs são essencialmente responsáveis pela felicidade geral da empresa. Uma prática mutuamente benéfica para empresas e funcionários, com foco na felicidade do funcionário. E isso não é apenas uma tendência, mas, em última análise, foi visto como um investimento de longo prazo que faz sentido para os negócios. Ter um CHO dedicado para garantir a felicidade de todos os funcionários se tornará ainda mais importante à medida que desafios como novas tecnologias, mudanças sociais e condições ambientais continuam a mudar a própria definição do trabalho.
E tua empresa, já tem um Diretor de Felicidade?
