A morte de um casal de gêmeos de apenas dois anos em São Mateus, por um incêndio em casa, chama a atenção para acidente domésticos causados por fogo.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras, Ariosto Santos, esse tipo de acidente cresceu 25% após pandemia. “O uso do álcool na limpeza de casa é uma cultura do nosso país. Porém, não é recomendado. Após causar um aumento nos acidentes domésticos, a Anvisa proibiu a venda do álcool 70%, que só voltou a ser comercializado agora, com a pandemia”.
Segundo o especialista, o ideal é que o álcool, seja líquido ou em gel, só seja utilizado fora de casa.
“Acidentes domésticos são 79% dos casos de queimadura. O que muitas pessoas não sabem é que a chama do álcool é invisível. Por isso, quando você o passa nas mãos, em casa, e vai cozinhar, corre o risco de ser queimado sem perceber”.
Com a medida de isolamento social devido a Covid-19. esses acidentes aumentam, já que as crianças passam mais tempo dentro de casa.
O caso dos irmãos gêmeos que morreram em um acidente após, segundo testemunhas, aconteceu porque mãe ter esquecido o fogão ligado.
O médico reforça que as crianças são as maiores vítimas de acidentes domésticos. “O cuidado deve ser redobrado, pois as crianças não tem noção do perigo. Evite o uso do álcool ou os esconda fora do alcance das crianças”.
Além disso, o especialista reforça sobre mais cuidados. “Cozinha não é lugar de criança. Protejam as tomadas de casa e fiquem atentos com objetos elétricos”.
O médico recomenda, ainda, que o álcool seja substituído. “Água e sabão já resolvem e é mais barato. Lave os produtos após chegar do mercado com uma solução com água sanitária ou desinfetante para diminuir os riscos”.