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Três anos após ataque, ato pede justiça em Aracruz

Três anos após o ataque que chocou o Espírito Santo e o país, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realiza, na próxima sexta-feira (28), um ato público em memória das vítimas e para cobrar justiça. O atentado contra duas escolas em Aracruz, ocorrido em 25 de novembro de 2022, tirou a vida das professoras Flávia Amboss, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e da estudante Selena Sagrillo, além de ferir outras 11 pessoas.

O ato, intitulado “Contra o Fascismo, em defesa da vida: professora Flávia Amboss, presente!”, está marcado para as 15h, com concentração na Praça do Papa, em Vitória. A mobilização integra a programação do encontro “Do Rio ao Mar, é Tempo de Avançar! – 10 anos do MAB no Espírito Santo”, que acontece entre os dias 27 e 29 de novembro, na Ufes, com participação gratuita.

O crime foi cometido por um adolescente de 16 anos, filho de um policial militar, que entrou armado nas escolas usando no braço o símbolo da suástica nazista. Condenado a três anos de medida socioeducativa, o jovem cumpre pena no Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) e pode ser solto justamente na data em que o atentado completa três anos. O MAB reivindica a revisão dessa soltura e que o atirador responda novamente à Justiça, agora como adulto. O movimento também defende a exoneração do pai do jovem e mais medidas de apoio aos familiares das vítimas.

Após a concentração, os participantes seguirão em caminhada até a Praça do Cauê, em frente ao Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral Professora Flávia Amboss Merçon Leonardo, renomeado neste ano em homenagem à educadora e militante do MAB. A mudança, autorizada pela Lei nº 12.609/2025, também marcou o fim de uma referência ligada à ditadura militar: o nome anterior homenageava o ex-reitor indicado pelo regime, Fernando Duarte Rabello.

Flávia Amboss, uma das vítimas do ataque, era professora de Sociologia, pesquisadora e defensora dos direitos das populações atingidas por barragens. Moradora de Regência Augusta, ela foi afetada pelo desastre da Samarco em 2015. Mestre pela Ufes e doutoranda na UFMG, teve sua tese publicada postumamente em 2024 pelo MAB, no livro “Imprensados na crise: A gestão das afetações no desastre da Samarco (Vale-BHP)”.

Para Juliana Nicole, da coordenação do MAB, manter viva a memória das vítimas é parte essencial da luta contra discursos de ódio.

“Os militantes que são tombados se tornam sementes. O legado da Flávia está na defesa da justiça socioambiental e da educação pública. O atentado de Aracruz é fruto da ascensão desses discursos de intolerância. Nossa tarefa é dizer: Mariana nunca mais, Brumadinho nunca mais, Aracruz nunca mais”, afirma.


Serviço

Ato de Rua “Contra o Fascismo, em defesa da vida: professora Flávia Amboss, presente!”

  • 28 de novembro (sexta-feira)
  • Concentração às 14h
  • Praça do Papa, com caminhada até a Praça do Cauê (Vitória)

Encontro Político-Cultural “Do Rio ao Mar, é Tempo de Avançar! 10 anos do MAB no Espírito Santo”

  • 27 a 29 de novembro de 2024
  • Ufes – Campus de Goiabeiras, Vitória
  • Gratuito e aberto ao público

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