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Mulheres: a força do empreendedorismo capixaba

O Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado nesta terça-feira (19), reforça a força das mulheres que vêm transformando negócios, consolidando marcas e abrindo caminhos no Espírito Santo e no Brasil. O movimento segue em expansão, impulsionado por profissionais que combinam estratégia, formação, coragem e visão de mercado.

Indicadores econômicos mostram esse avanço. Segundo levantamento divulgado pelo Estadão, metade das brasileiras que ainda não investem pretendem começar em 2025 — motivadas principalmente pela busca por segurança financeira (47%) e pelo aumento do poder de consumo (35%). Já dados do IBGE, de 2024, apontam que 34% dos empreendedores no país são mulheres, muitas delas à frente de negócios locais inovadores e de forte impacto comunitário.

Rede, formação e propósito: um ecossistema em crescimento

No Espírito Santo, iniciativas de capacitação e colaboração ajudam a impulsionar esse cenário. Um exemplo é a Rede Mulheres de Negócios, liderada por Elayne Borel, que oferece mentorias, eventos e formação para apoiar empreendedoras em diferentes estágios.

Para ela, prosperar começa de dentro para fora.“A mulher empreendedora precisa se reconhecer como líder e perceber que seu negócio é uma extensão dela mesma. O autoconhecimento é o ponto de partida para resultados duradouros”, afirma.

Essa combinação de estratégia, essência e liderança feminina aparece na trajetória de empresárias capixabas que vêm ganhando espaço em diferentes setores.

Mulheres: a força do empreendedorismo capixabaElas que fazem: histórias de liderança e expansão. Entre os nomes que se destacam está Raquel Pires, da Nuvem Sublimação. Há 10 anos no mercado, ela transformou o segmento de painéis sublimados, expandiu seu negócio para acessórios, personalização e decoração, e hoje soma mais de 1 milhão de itens produzidos.

“Sou apaixonada por marketing e antecipei uma tendência mundial com o primeiro painel sublimado do Brasil”, conta. A empresa, que nasceu em Vila Velha, ganhou o país.

Na moda infantil, Carolina Cheib e Lorena Bonesi, sócias da Peticolé, mostram como sensibilidade e visão estratégica se complementam. “Conquistar credibilidade em um mercado dominado por grandes marcas foi um dos maiores desafios — e também minha motivação”, diz Carolina. Após três anos na Praia do Canto, elas abriram uma nova unidade no Shopping Mestre Álvaro.

 

No setor de serviços, Flávia Nolasco, personal organizer e dona da Organiza Utilidades, reforça o impacto da liderança feminina no cotidiano das famílias. “Empreender como mulher exige planejamento e paixão. Cada conquista inspira outras mulheres a acreditarem no próprio potencial”, afirma.

Já Mayara Melo, fundadora da empresa de formaturas Nabeca, destaca a coragem como força-motriz: “Empreender é transformar sonhos em realidade e mostrar que mulheres têm voz, protagonismo e poder”, diz.

Do campo à confeitaria: a força das empreendedoras de São Mateus

No Norte do Estado, histórias como as de Ana Paula Martin e Mirele Romano, de São Mateus, mostram como o empreendedorismo feminino também avança fora dos grandes centros.

Mulheres: a força do empreendedorismo capixabaAdministradora e produtora rural, Ana Paula deixou a indústria do petróleo para comandar a Fazenda Lagoa Seca, referência nacional no cultivo e processamento de especiarias como pimenta-rosa, pimenta-da-Jamaica, macadâmia e café. “Nunca deixei de acreditar. Ver mulheres se emocionarem com minha história me mostra que valeu a pena continuar”, diz.

Ela se prepara para lançar um produto inédito no Brasil, desenvolvido com apoio do Sebrae/ES.

Na confeitaria, Mirele Romano retomou o negócio após participar do projeto Central de Valores, da CUFA/ES com a Suzano, voltado para capacitar mulheres de áreas vulneráveis.
“Foi o pontapé para voltar a produzir. Hoje tenho renda, autonomia e mais tempo com meus filhos”, conta.

Desafios que persistem — e a transformação em curso

Para a professora Juliene Fonseca, da Estácio, ainda há barreiras importantes: acesso ao crédito, redes de apoio, capacitação e a eterna sobrecarga da dupla ou tripla jornada.
Mesmo assim, ela ressalta que o impacto feminino na economia é crescente.

“As mulheres trazem uma visão sensível, colaborativa e estratégica que transforma formas de gerir e construir negócios com propósito e impacto social”, afirma.

Elas movem o Espírito Santo

Do agronegócio à moda, do digital à produção artesanal, das mentorias ao atendimento direto ao consumidor, o que une essas histórias é a mesma força: mulheres que acreditam, insistem, inovam e inspiram.

E no Dia do Empreendedorismo Feminino, elas mostram que não apenas ocupam espaço — elas ampliam, transformam e apontam novos caminhos para toda a economia capixaba.

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