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Com mais de 30 pessoas em situação de rua, Aracruz debate o assunto

Atualmente, Aracruz possui 32 pessoas nessa condição, sendo 20 que permanecem fixas nas ruas e 12 que transitam entre suas casas e as vias públicas. O assunto foi tema de discussão na cidade, reunindo autoridades, representantes de instituições religiosas, forças de segurança, classe empresarial e sociedade civil organizada.

De abril de 2024 a outubro de 2025, 156 pessoas passaram por acolhimento nas instituições parceiras do município, como o Lar da Esperança, Clínica Asserderq e Comunidade Terapêutica Betânia. Destas, 23 retornaram ao local de origem, 24 reconstruíram suas vidas com autonomia, e 1 foi transferida para outra instituição de acolhimento. Atualmente, nove pessoas estão acolhidas no Lar da Esperança (oito homens e uma mulher).

As equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social realizam diariamente abordagens sociais e acompanhamentos individuais, oferecendo encaminhamentos para saúde, assistência, trabalho e acolhimento institucional provisório. Entre março de 2024 e outubro de 2025, foram realizadas aproximadamente 1.050 abordagens, e 270 passagens rodoviárias foram concedidas para retorno de pessoas aos seus municípios de origem.

De acordo com a secretária Rosilene Filipe, o trabalho realizado em Aracruz é técnico, sensível e intersetorial, seguindo as legislações que regem o atendimento à população em situação de rua. “Atuar com a população em situação de rua exige técnica, sensibilidade e compromisso ético. É um trabalho que precisa de muitas mãos, com o envolvimento do Ministério Público, das forças de segurança, de instituições religiosas e da sociedade civil. A Prefeitura faz a sua parte, mas o sucesso depende da responsabilidade compartilhada. Cada órgão, cada cidadão, precisa compreender que o enfrentamento à mendicância não é exclusividade do poder público, é uma causa de todos”, enfatizou.

Ela destacou que há muitos casos de sucesso e que o fortalecimento de vínculos é essencial para romper o ciclo da vulnerabilidade. “Nossas equipes de abordagem atuam diariamente, com escuta ativa e acolhimento. Há histórias de pessoas que aceitaram tratamento, ingressaram no mercado de trabalho e hoje levam uma vida completamente diferente. Esse é o sentido do nosso trabalho: transformar realidades com humanidade e respeito”, disse Rosilene Filipe.

O prefeito Dr. Coutinho destacou que a gestão municipal atua dentro dos parâmetros legais como o Decreto Nacional nº 7.053/2009, a Lei Federal nº 14.821/24 e a ADPF nº 976/2023. “É importante deixar bem claro que o município não está de braços cruzados. Oferecemos uma rede de serviços que vai do acolhimento à inserção no mercado de trabalho. Estamos em permanente diálogo com os órgãos fiscalizadores e parceiros institucionais para garantir que cada ação seja pautada pela ética e pela dignidade humana. E não adianta comparar com ações de outros municípios e estados, porque a lei é a mesma para todos, e nossa gestão está cumprindo o que ela determina”, afirmou.

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