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Retinopatia diabética: principal causa de cegueira evitável exige atenção e prevenção

No Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, o alerta é também para os olhos. O alto nível de glicose no sangue pode levar a retinopatia diabética, uma complicação ocular comum em pessoas com diabetes, que afeta a retina do olho e se caracteriza por danos nos pequenos vasos sanguíneos da retina, podendo levar à perda de visão se não tratada adequadamente. De acordo com estimativas, cerca de 7,6% da população urbana brasileira entre 30 e 69 anos tem diabetes mellitus — e quase metade desconhece o diagnóstico.

Segundo o oftalmologista Rubens Machado, a retinopatia diabética é uma das complicações mais graves do diabetes mellitus e representa hoje a principal causa de cegueira irreversível em adultos. “A doença, que surge após cerca de 10 a 20 anos do diagnóstico do diabetes, está presente em 99% dos pacientes com diabetes tipo 1 e em 60% dos casos de diabetes tipo 2”.

Inicialmente assintomática, a retinopatia pode evoluir silenciosamente e provocar manchas no campo visual, distorção de imagens e perda progressiva da visão, além de favorecer o surgimento de outras patologias oculares, como glaucoma, catarata, úlceras de córnea e até estrabismo. Quando diagnosticada tardiamente, a doença pode atingir estágio avançado e tornar-se irreversível.

Além disso, a retinopatia diabética está intimamente ligada a outras doenças cardíacas, renais, neurológicas e vasculares, o que torna o trabalho integrado entre especialistas fundamental para o cuidado completo do paciente diabético. O oftalmologista, nesse contexto, atua de forma preventiva, auxiliando no controle dos fatores de risco e evitando perdas visuais irreversíveis.

Avanços tecnológicos e novas abordagens de tratamento

A oftalmologia moderna tem investido em tecnologia de ponta para o diagnóstico e tratamento do diabetes ocular. Equipamentos com inteligência artificial, como a tomografia de coerência óptica (OCT) de última geração, permitem detectar alterações precoces na retina.

O especialista Rubens Machado cita o uso de engenharia genética no tratamento, que permite o desenvolvimento de substâncias capazes de bloquear ou até reverter complicações visuais. “Além disso, cirurgias intraoculares com sistemas de visualização tridimensional e o uso de laserterapia multicomprimento de onda oferecem resultados mais precisos e seguros”, acrescenta o médico.

Campanhas de conscientização e prevenção

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e as sociedades estaduais de oftalmologia realizam periodicamente campanhas de conscientização, maratonas online e ações educativas sobre a relação entre diabetes e saúde ocular. O objetivo é incentivar a consulta oftalmológica preventiva, que permite detectar precocemente alterações na retina e preservar a visão.

A prevenção da retinopatia diabética também envolve a manutenção de níveis adequados de glicose no sangue, controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol, realização de exames oftalmológicos regulares para detecção precoce e adoção de hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos.

“Uma simples consulta pode fazer toda a diferença”, destacam especialistas. “Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível evitar complicações graves e manter a qualidade de vida do paciente diabético”, orienta Rubens Machado.

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