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ES tem 115 jovens aptos e 933 famílias para adotar; por que a conta não fecha?

Neste domingo (09), é celebrado o Dia Mundial da Adoção, que reforça a necessidade de repensar o conceito de adoção e ampliar o olhar sobre o que significa formar uma família. Afinal, como dizem as campanhas do próprio Judiciário, não é a idade que define o amor — é o encontro.

A data que chama atenção para um contraste marcante no Espírito Santo: há mais de oito vezes mais famílias habilitadas para adotar do que crianças disponíveis no estado.

De acordo com levantamento divulgado em maio de 2025 pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o estado tem 115 crianças e adolescentes aptos à adoção. No mesmo período, 933 pretendentes estavam habilitados e aguardando o chamado da Justiça para iniciar o processo.

Apesar dos números expressivos, a adoção ainda enfrenta entraves que dificultam a concretização de novos vínculos familiares. O principal deles é o desencontro de perfis: a maioria dos pretendentes busca bebês ou crianças pequenas, geralmente sem irmãos e sem condições de saúde específicas. Já as crianças disponíveis, em sua maioria, são maiores de 7 anos, têm irmãos que não podem ser separados ou apresentam alguma necessidade especial.

Outro obstáculo é a morosidade nos processos judiciais, especialmente nas etapas de destituição do poder familiar — fase necessária para que a criança se torne, de fato, disponível para adoção. Enquanto isso, muitas permanecem em abrigos, mesmo já estando afastadas da família de origem há anos.

Além disso, sistemas diferentes e atualizações em datas distintas geram números conflitantes entre veículos, Tribunais e o CNJ. O próprio Sistema Nacional de Acolhimento (SNA) já passou por atualizações que alteraram indicadores. Isso dificulta campanhas mais direcionadas.

Ajuda para reduzir filas e esperas

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo tem investido em ações para reduzir essa distância entre pretendentes e crianças. Uma delas é o projeto “Esperando por Você”, que apresenta perfis de crianças e adolescentes com menor chance de adoção, estimulando o que se chama de adoção tardia. Iniciativas como essa buscam sensibilizar famílias e acelerar os processos, garantindo o direito à convivência familiar.

No âmbito nacional, há a Busca Ativa do CNJ, iniciativa que apresenta crianças a pretendentes habilitados e já ajudou a promover milhares de adoções, especialmente de crianças maiores e com deficiência. O CNJ também atualiza e amplia o SNA para dar maior transparência às informações.

 

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