A presença de equipamentos públicos voltados à segurança alimentar ainda é limitada no Espírito Santo, de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024.
A pesquisa do IBGE mostra que, dos 78 municípios capixabas, 71 (91%) mantêm feiras livres em funcionamento — os espaços mais comuns de comercialização de alimentos no estado. Já 17 municípios (21,8%) contam com mercados públicos e apenas um possui sacolão ou quitanda pública.
O levantamento revela também que apenas dois municípios têm restaurantes populares e outros dois possuem cozinhas comunitárias. Já os bancos de alimentos, equipamentos voltados à redistribuição de doações para entidades assistenciais, existem em três cidades.
Outro dado mostra que sete municípios possuem Centrais de Recebimento da Agricultura Familiar, estruturas que facilitam a distribuição de alimentos produzidos localmente.
Os programas federais seguem sendo importantes instrumentos: 40 municípios informaram adquirir produtos da agricultura familiar por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e 57 compraram via Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Apesar da ampla rede de feiras livres, os dados evidenciam que a infraestrutura pública de segurança alimentar ainda é restrita em boa parte dos municípios capixabas — especialmente nas cidades menores, onde o acesso a equipamentos e políticas integradas é mais limitado.











