A nova pesquisa do Instituto Perfil, publicada por ES Hoje nesta sexta-feira (24), revela, a menos de um ano das eleições, um cenário de consolidação de tendências, algumas vantagens, preocupações e até sinais positivos para o PT, especialmente em um Estado que, nos últimos tempos, tem se destacado por um eleitorado de perfil mais conservador.
Recall Pazolini I
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), lidera nos dois cenários testados pelo Instituto Perfil. No segundo, que considera apenas o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) e o deputado federal Helder Salomão (PT), o republicano alcança 47,16% das intenções de voto.
Como o levantamento abrangeu 40 municípios, fica evidente que Pazolini tem conseguido ampliar sua presença política pelo interior, algo que antes era motivo de preocupação para seu grupo. Soma-se a isso o fato de o governador Renato Casagrande (PSB) contar com forte apoio de prefeitos e com o peso da máquina estadual, fator decisivo em qualquer disputa.
Recall Pazolini II
Os números também indicam que, no cenário atual, Pazolini venceria um eventual segundo turno contra Ricardo Ferraço, contra o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), e até mesmo contra o ex-governador Paulo Hartung (PSD). Para o grupo de Casagrande, o dado é motivo de apreensão, já que a vantagem do republicano sobre os demais é considerável.
É possível que o trabalho de expansão de Pazolini no interior esteja surtindo efeito. Ainda há muito tempo até o pleito, mas o grupo governista terá de trabalhar para reduzir essa diferença.
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Consenso necessário I
Entre os aliados de Casagrande, a pesquisa reforça a necessidade de um entendimento interno para definir, de forma clara, quem será o candidato apoiado pelo Palácio Anchieta.
De um lado, Pazolini aparece consolidado junto à opinião pública. Do outro, dentro do núcleo governista, ainda há indefinições que podem gerar fragilidades. O consenso é indispensável: alguém terá de ceder, sob pena de ver o adversário ampliar a vantagem.
Consenso necessário II
Além dos levantamentos públicos, o governo realiza pesquisas internas de consumo restrito. Esses dados são fundamentais para definir quem disputará o pleito com o apoio oficial de Casagrande.
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Consolidação governista I
A boa notícia para a ala governista é que Casagrande está politicamente consolidado. Sua candidatura ao Senado parece praticamente garantida, só um fato extraordinário poderia mudar esse cenário.
Os bons índices de aprovação de sua gestão também podem ser determinantes na transferência de votos ao nome escolhido por ele.
Consolidação governista II
Ainda assim, a pesquisa mostra a importância de uma escolha cuidadosa. Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados afirmaram que só votariam em um candidato indicado pelo governador dependendo de quem for o nome apresentado. Ou seja, o apoio de Casagrande é forte, mas não automático.]
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Boa notícia para o PT I
O levantamento traz também boas notícias ao PT. Embora Helder Salomão ainda enfrente dificuldades na disputa pelo governo, os números são mais animadores para o presidente Lula e para o próprio senador petista, que busca a reeleição.
Se Casagrande desponta como favorito para a primeira vaga ao Senado, a segunda permanece em aberto.
Boa notícia para o PT II
Como é improvável que Pazolini concorra ao Senado, a disputa pela segunda cadeira deve ser mais equilibrada, envolvendo nomes como Fabiano Contarato e Sérgio Meneguelli. Nesse contexto, o campo progressista mantém potencial competitivo relevante.
Boa notícia para o PT III
Lula também aparece à frente de candidatos conservadores no Estado — um dado expressivo em um cenário historicamente mais inclinado à direita.
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Sem anistia?
Outro ponto que chama atenção é a rejeição, pela maioria dos entrevistados, à ideia de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Essa percepção se reflete, inclusive, no desempenho modesto de candidatos alinhados ao bolsonarismo, sobretudo na corrida ao Senado.
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