Cuidar da saúde da mulher é um compromisso que deve acompanhar cada fase da vida — da adolescência à maturidade. Mais do que realizar consultas periódicas, o desafio está em adotar uma visão ampla, que envolva aspectos físicos, emocionais e sociais. É o que defendem os ginecologistas e obstetras Márcio Almeida e Anna Bimbato, que destacam a importância da prevenção e do cuidado integral como pilares fundamentais do bem-estar feminino.
Segundo Bimbato, as necessidades da saúde da mulher mudam ao longo do tempo, e o acompanhamento médico deve refletir essas transformações.
“Na adolescência, é fundamental promover a educação menstrual e o autoconhecimento sobre o corpo. Na fase adulta, o foco se volta para a prevenção, com exames como o papanicolau e a mamografia. Já na maturidade, a atenção deve incluir o equilíbrio hormonal, a saúde óssea e o cuidado cardiovascular”, explica.
A ginecologista reforça que o cuidado com a saúde feminina deve ir além do consultório. “Muitas vezes, os sintomas ginecológicos refletem desequilíbrios emocionais ou sobrecarga mental. O estresse, a ansiedade e o sono irregular podem afetar o ciclo menstrual, a libido e até a fertilidade. Por isso, é importante que o acompanhamento seja multidisciplinar, envolvendo também psicólogos, nutricionistas e educadores físicos”, orienta.
Márcio Almeida complementa destacando que a mulher moderna enfrenta uma rotina de múltiplas jornadas — profissionais, familiares e pessoais —, o que pode fazer com que o autocuidado seja deixado de lado.
“É muito comum que as mulheres priorizem todos ao redor e se coloquem por último. Mas cuidar de si não é egoísmo, é uma forma de manter a saúde e o equilíbrio emocional. Consultas regulares, exames preventivos e atenção aos sinais do corpo são atitudes que fazem toda a diferença”, afirma o médico.
Ele lembra que o cuidado preventivo deve ser encarado como um hábito e não apenas uma ação pontual. “A mulher precisa entender que prevenção é investimento em qualidade de vida. Pequenas mudanças — como praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação equilibrada e reservar tempo para descanso e lazer — têm um impacto enorme na saúde física e mental”, reforça.
Já doutora Anna destaca que o autocuidado também está relacionado à autoestima e à longevidade. “Quando a mulher se permite olhar para si com atenção e carinho, ela fortalece não só o corpo, mas também a mente. Cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e, ao mesmo tempo, uma forma de inspirar quem está ao redor”, afirma.
Entre as principais recomendações dos especialistas para uma vida mais equilibrada estão:
- Realizar consultas e exames preventivos regularmente;
- Manter uma alimentação saudável e variada;
- Praticar atividades físicas com frequência;
- Estabelecer uma rotina de sono de qualidade;
- Buscar apoio psicológico sempre que necessário;
- Reduzir o consumo de álcool, cigarro e alimentos ultraprocessados;
- Cultivar momentos de lazer, relaxamento e convivência social.
“O corpo feminino é um reflexo direto do modo como a mulher vive, sente e se relaciona com o mundo. Ouvir o próprio corpo e buscar ajuda quando algo foge do normal é a base de uma vida saudável e plena”, conclui Márcio Almeida.











