A prática de espremer espinhas, comum especialmente entre os jovens, pode trazer consequências graves para a saúde da pele e até colocar a vida em risco. O alerta é da dermatologista Pauline Lyrio, que participou nesta terça-feira (26) do programa ‘Manhã ES Hoje’ na Rádio ES Hoje, chamando atenção para os perigos de um hábito aparentemente inofensivo.
Segundo a especialista, ao manipular uma lesão inflamatória, a pessoa rompe a barreira natural da pele, abrindo espaço para a entrada de bactérias. “A pessoa que vê aquela lesão pensa que, espremendo, vai estar acelerando o processo de cicatrização. Porém, o que acontece é justamente o contrário, no ato de pressionar a pele, aumenta o risco de infecção”, explicou.
Ela destacou ainda que a região central do rosto, conhecida como “triângulo da face”, é a mais perigosa para esse tipo de manipulação, podendo gerar consequências graves.
“Nessa região existe mais propensão de uma simples infecção, no ato de espremer, poder atingir vasos sanguíneos e a circulação como um todo. Esses vasos estão muito íntimos ali com a região do cérebro”, alertou.
Para o dia a dia, a dermatologista recomenda lavar o rosto duas vezes ao dia, manter a hidratação mesmo em peles oleosas e nunca realizar limpeza de pele em momentos de inflamação.