A movimentada semana no Espírito Santo, seja nas articulações e seja nos anúncios estruturantes por intermédio de Brasília, deixou reflexos na política local. Especialmente relacionado ao MDB, que, agora, parece ter a casa arrumada para voltar a ter relevância em solo capixaba.
O partido, comandado pelo vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), tem ares de organização, após “pacificar” a relação entre o ex-vice-governador Lelo Coimbra e a ex-senadora Rose de Freitas. O ecossistema emedebista aponta para algumas condicionantes que podem firmar de vez Ricardo como o candidato sucessor do governador Renato Casagrande (PSB) e com a digital do Palácio Anchieta, em 2026.
Bastidores, na edição digital de ESHOJE deste sexta-feira (20), aponta que Rose segue tendo relevância e que vai auxiliar na chegada de políticos competitivos no partido, após desempenhos pífios da sigla nos últimos pleitos. Contudo, a derrota na eleição do ano passado reduziu o espólio dela e a coloca mais na posição de articuladora do grupo.
Também é importante ressaltar o explanado por Bastidores. Ricardo, que tem boa relação com hartunguistas históricos – inclusive alguns estão lotados no próprio MDB -, fincou o pé de vez na ala que apoia Casagrande, o que é um sustentáculo importante para seus futuros passos.
Curiosamente, tomando como ponto de partida a data de filiação ao MDB, o vice-governador está mais enérgico nas suas redes sociais e nos seus posicionamentos. Deu declaração dura sobre o projeto de lei que impede o uso de drones para pulverização de pesticidas na agricultura e saiu na frente para comemorar o estabelecimento da ZPE de Aracruz.
Outro fator especulado para que ele tenha preferência dos grupos – e isso não quer dizer exclusividade de candidatura – para a disputa do Palácio Anchieta, em 2026, é a legislação eleitoral: com a possível renúncia de Casagrande, em abril daquele ano, para poder se colocar no pleito de senador, Ricardo, caso vença a concorrência, não poderá disputar a reeleição em 2030, por já ter ocupado o posto em dois mandatos, ainda que por seis meses na primeira ocasião.
Esse tipo de argumento, em que o vice só ficaria por um mandato – caso vencedor -, poderia frear ânimos de políticos que têm firme vontade de ser governador, como o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), o deputado federal Gilson Daniel (Podemos), dentre outros. Um ambiente seria criado para essa sucessão. Claro que não basta somente a vontade política: o que deseja o eleitor e a eleitora fala muito alto, com certeza.
Há uma tentativa de consenso – ainda distante, diga-se de passagem – para que a chapa com peso de chumbo que elegeu Casagrande não se dilua, apesar de o PT, de o Podemos e de o Progressistas apresentarem indicativos de que deverão ter candidatos próprios para 2026.
Talvez esta tenha sido a semana mais importante do ano para Ricardo, desde que tomou posse. Tanto ele quanto o MDB buscam uma competitividade fortíssima e não querem mais ficar relegados às cinzas. Ninguém quer ostracismo.
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Run, Casão
O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), recebeu convite para a disputa da Meia Maratona de Vila Velha. E com número estilizado: 40, como do partido dele.
Ausente
Casagrande esteve ausente da abertura, nessa quinta-feira (19), de mais um encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, que acontece em São Paulo. Mas ele estará presente ao longo das demais reuniões, que vão até este sábado (21).
Malas prontas
É esperado que o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), faça mais uma viagem neste fim de ano. Desta vez, para participar da COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Missão deve acontecer entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Interinidade pronta
Sendo assim, o vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), deverá assumir a interinidade da cadeira do Palácio Anchieta.
Mais ministros no ES
Após uma semana agitada, que contou com as presenças dos ministros Renan Filho, Rui Costa e José Múcio Monteiro (Transportes, Casa Civil e Defesa, respectivamente), o Estado recebe nova leva da cúpula da União na semana que vem. O ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), estarão no Estado na próxima segunda-feira (23) para entrega do residencial Barra do Riacho, que integra o Minha Casa Minha Vida, em Aracruz.
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Preparativo para eleição I
Para dar início às atividades com vistas à próxima eleição municipal, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) e do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (CAEL), realizará, no dia 27 de outubro, das 13h às 16h, o 1° Encontro Preparatório para as Eleições Municipais de 2024.
Preparativo para eleição II
A finalidade do encontro é promover o alinhamento institucional e orientação técnica das(os) promotoras(es) eleitorais e da sua equipe de apoio para as eleições municipais de 2024. Durante a reunião, será realizada a apresentação da nova composição da Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo – Biênio 2023/2025, além de palestras e debates com especialistas da área.
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Despedida
Julio de Castilhos fará a última sessão como Procurador Regional Eleitoral na próxima quarta-feira, no pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES).
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Behind the scenes I
Em visita à Assembleia Legislativa, a geral dos Estados Unidos, no Consulado do Rio de Janeiro, Jacqueline Ward, externou a preocupação do governo americano com novas gerações na política. “Os jovens não estão se candidatando nos EUA”, disse.
Behind the scenes II
Durante a troca de presentes, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), ofereceu uma minicasaca para a visitante. “Esse eu já conheço e já sei tocar”, afirmou a americana, arriscando uns movimentos.
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PT e as eleições I
Publicado na edição desta semana de Veja. “O grande final da articulação do PT no ano será a Conferência Eleitoral Nacional em Brasília, em dezembro, no qual o próprio Lula dará o pontapé na corrida municipal”.
PT e as eleições II
“Embora queira retomar protagonismo nas grandes cidades, o PT não faz estimativas de quantas prefeituras pretende conquistar, nem tem a pretensão de ter nome próprio em todas as disputas. A ideia, por ora, é lançar candidatos em doze ou treze capitais”, diz a revista. Observação da coluna: Vitória é uma delas, sendo o deputado estadual João Coser (PT) o mais cotado para a disputa.
PT e as eleições III
Ainda sobre o PT, está marcada para a próxima quinta-feira (26) a reunião do diretório de Vitória, para discutir, dentre outros assuntos, definições sobre a pré-candidatura à Prefeitura da Capital.
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Pazolini e a boemia
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), entrega neste sábado (21), a nova Ria da Lama, em Jardim da Penha. O reduto costuma receber público que, historicamente, não tende a votar em políticos mais à direita.
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Na moita
Colegas estão preocupados com a forma física de político sem mandato no Espírito Santo. Circunferência do cinto pede socorro.
Tá na rede
“Mais de 11 milhões de mulheres no Brasil cuidam de seus filhos sozinhas. O Bolsa Família é um suporte para que mães solo levem comida de qualidade para suas famílias e vivam com dignidade”
Helder Salomão (PT), deputado federal











