Dólar Em baixa
5,116
27 de abril de 2024
sábado, 27 de abril de 2024

Vitória
26ºC

Dólar Em baixa
5,116

Ministério da Justiça estuda regulamentação de serviços enviados por SMS

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Um toque de celular diferenciado, notícias, músicas e antivírus enviados por SMS (sigla em inglês, que significa serviço de mensagem curta) podem ser serviços adicionais pagos que o consumidor contrata sem muita clareza do que está acessando. São os chamados serviço de valor agregado (SVA), que chegam facilmente a qualquer aparelho celular por mensagem. Os serviços estão no radar da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça, que estuda uma maneira de regulamentá-los.

Por serem atrelados a serviços de telecomunicação, os SVA não estão sujeitos à regulamentação e fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Muitas vezes o consumidor recebe uma mensagem por SMS, clica “sim”, e não sabe que está sendo cobrado. É que a informação não chega de forma clara para o consumidor, que não sabe que está contratando, e tem dificuldade de sair desse serviço”, disse a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Ana Carolina Caram.

Segundo Ana Carolina, a Senacon trabalha em conjunto com a Anatel para definir uma regulamentação. O texto ainda está em fase de estudo.

A Senacon divulgou hoje (14) o balanço do portal consumidor.org.br de 2017. Ao todo, o portal criado para solução de conflitos entre consumidores, empresas e demais fornecedores registrou, no ano passado, 470.748 reclamações. A maior parte – 43,3% – é de operadoras de telecomunicações. A principal queixa diz respeito a cobrança de serviços não contratados, não reconhecidos ou não solicitados (17,25%).

“Temos um diálogo constante com a Anatel para que consigamos a melhor forma de apresentação do serviço a consumidores”, afirmou Ana Carolina. “Os SVA são pontos sensíveis. Estamos atentos a este tipo de prática, que tem causado reclamações por parte dos consumidores.”

Falta transparência

Segundo a diretora, além de buscar melhor regulamentação, a Senacon trabalha em busca de maior transparência para o setor. “O que acreditamos é que a transparência é fundamental. Quando o consumidor chega no estabelecimento comercial para adquirir uma linha de telefone ou uma linha de internet, ele tem que ser devidamente informado que ali, naquela região dele, o 4G não funciona.”

De acordo com dados da Senacon, no ano passado, ofertas não cumpridas, vendas e publicidades enganosas aparecem em segundo lugar entre os problemas mais reclamados das empresas de telecomunicação, com 12,23% das reclamações registradas sobre o setor.

Ana Carolina diz que a secretaria intensificou a fiscalização das propagandas enganosas e que “tem visto melhora significativa do setor”.

Cursos

A Senacon oferecerá este ano cursos a fornecedores como parte do projeto piloto CapacitAÇÃO. Inicialmente, os cursos serão ofertados a setores considerados estratégicos: bancos, telecomunicações, indústria, varejo e saúde. Para participar, as empresas devem fazer parte do consumidor.org.br. O objetivo é melhorar a relação entre fornecedores e consumidores.

Serão ofertados um total de 10 mil vagas para os cursos de introdução à defesa do consumidor; princípios e direitos básicos do Código de Defesa do Consumidor; consumo seguro e saúde; e um programa de educação financeira para consumidores.

Os cursos têm certificado de extensão pela Universidade de Brasília (UnB) e são gratuitos. Mais informações no site de defesa do consumidor.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas