A onda de calor veio para ficar e o alerta de especialistas é para redobrar a atenção coma a saúde no período, sobretudo de pacientes de quimo e radioterapia. Saiba quais os principais riscos e como se proteger.
O hematologista, Douglas Covre Stocco, explica que o calor e a exposição ao sol diretamente podem intensificar e piorar reações adversas relacionadas ao tratamento de quimioterapia. “A própria radiação solar e até o mormaço em si, que às vezes não parece chamar tanta atenção, deixa a pele mais sensível. Isso pode aumentar a chance de deixar radicais livres no nosso corpo, que a gente sabe que eles estão associados a mutações a longo prazo e, inclusive pode gerar queimaduras no paciente que está fazendo radioterapia”.
Por isso, o especialista ressalta que especificamente no caso da radioterapia, é estreitamente proibido que o paciente fique exposto não apenas ao calor, mas também ao sol, porque ele pode evoluir a caso sérios de queimadura. “É importante dizer que alguns tratamentos quimioterápicos, alguns medicamentos inclusive, são fotossensibilizantes, ou seja, deixam a pele mais sensível, o que facilita reações indesejáveis nas partes expostas ao sol, inclusive queimaduras”.
“Então, tanto na radioterapia quanto na quimioterapia, o paciente tem que ter um cuidado dobrado, porque têm mais facilidade em ficar com queimaduras na pele”, alerta Dougla Stocco.
Sintomas
É preciso estar atento aos sintomas que podem ser impulsionados com esse calor, listados pelo hematologista:
- fotossensibilidade, com as queimaduras na pele;
- aumento das ondas de calor que o paciente sente durante o tratamento. “Esse sintoma é como se fosse fogacho da mulher da menopausa”, explica o médico.
- desidratação;
- queda de pressão que pode se acentuar, hipotensão, que aumenta a chance de desmaios e má circulação corporal.
Como um paciente pode se resguardar?
O médico recomenda os seguintes cuidados para os pacientes curtirem o verão em segurança:
- evitar exposição direta ao sol, ficando debaixo da sombra sempre, independente do horário;
- passar e repassar o protetor solar, principalmente a cada duas horas e pelo menos um fator de proteção 30;
- manter o corpo bem hidratado;
- cuidado a exposição ao banho de mar e piscina pública, porque apesar de refrescar o corpo ser bom durante esse período, o contato com o sal do mar ou com o cloro da piscina pode causar reação adversa em quem está com a pele mais sensível.
- usar boné, chapéu, lenço, qualquer equipamento de proteção para cabeça e rosto;
- hidratar a pele: alguns tratamentos quimioterápicos causam ressecamento da pele e durante o verão deve-se usar hidratante, principalmente para evitar que isso piore.