O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), é um transtorno psiquiátrico que tem, de principal característica, a ocorrência de crises recorrentes de obsessões e compulsões. São aqueles comportamentos que não conseguem ser controlados. A psicóloga Naira Caroline Araújo, explica que isso acontece quando determinado comportamento se torna uma necessidade para o indivíduo, para que ele possa continuar seguindo o dia normalmente.
Dessa forma, a qualidade de vida de uma pessoa que está presa em um transtorno compulsivo pode ser comprometida significativamente, em várias áreas. “No tempo, preocupação, condicionamento. Além disso, muitos desses comportamentos se tornam vícios, por exemplo, o alcoolismo. Nós podemos considerá-lo um transtorno obsessivo compulsivo, pois a pessoa não consegue ter uma consciência do prejuízo”, afirma a psicóloga.
O TOC afeta, aproximadamente, quatro milhões de brasileiros e atinge 2% da população mundial. Além disso, está entre as dez maiores causas de incapacitação. A psicóloga explica que existem tratamentos que fazem o transtorno ser amenizado.
Além disso, segundo Naira, é possível considerar o TOC um sintoma de alguma outra doença que venha surgir. “Dentro da Classificação Internacional de Doenças (CID), o TOC é uma doença. Porém, geralmente, essa doença se manifesta por causa de um sofrimento de algo que produz aquele transtorno”.
Com isso, diz a psicóloga, é necessário descortinar o sofrimento, para que, a partir da tomada de consciência do que provoca realmente o sofrimento, seja possível, em terapia e, às vezes com suporte medicamentoso, a tomada de consciência desse padrão de comportamento, desatrelando e se libertando do comportamento compulsivo.