Em nota publicada nessa segunda-feira (27), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) demonstrou a insatisfação e afirmou haver falta de diálogo e compromisso do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) quanto ao reajuste do piso salarial da categoria.
No documento, o sindicato afirma que, na última mesa de negociação, no dia 15 de junho, a gestão Pazolini se comprometeu a apresentar o índice de reajuste dois dias depois, em 17 de junho. No entanto, os recorrentes adiamentos da Secretaria Municipal de Educação (Seme) vem irritando a classe.
“Desde agosto do ano passado [2021], estabelecemos um calendário para as rodadas de negociação com a Administração, que esteve representada por seus interlocutores: Secretário Municipal da Fazenda, Secretário Municipal de Gestão Estratégica e Secretária Municipal de Educação. Mas, que poucas ações concretas trouxeram para as demandas apresentadas, em relação à parte de valorização através da remuneração o Sindicato”, afirmou o Sindiupes.
A categoria exclamou ainda que ficou claro a falta de vontade política em avançar nas demandas apresentadas. Entre elas a recomposição da inflação e o cumprimento integral da Lei do Piso. Além disso, o Sindiupes frisou que, só na pandemia, a perda do magistério foi acumulada em 33,34%.
Além disso, inúmeros pedidos foram pautados e não resolvidos, como a exclusão da licença médica de Covid-19 da avaliação de desempenho, a criação da Comissão Municipal de Saúde dos Professores, a instituição de um ticket específico do magistério no valor de R$ 700,00, o abono permanência e a licença com vencimentos para mestrado e doutorado.
“Mesmo com estudos do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos], mostrando que existe margem de até 41% para reajuste de todas as categorias do serviço público dentro da LRF, que ainda assim, não será atingido o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo com análise do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica] que aponta aumento da arrecadação no primeiro trimestre do ano de 2022, não há sinalização de recomposição de perdas do magistério, enquanto a Guarda Municipal recebeu reenquadramento de sua carreira e teve ganho de 37%”, disse a nota do sindicato.
“Exigimos respeito e seriedade ao processo de negociação assumido pela Administração Municipal de Vitória junto à entidade classista e representativa das trabalhadoras e dos trabalhadores em Educação Pública, pois o Sindiupes apresenta demandas legítimas que visam à valorização profissional e a qualidade social da educação pública de Vitória”, concluiu a categoria.
O que diz a Prefeitura de Vitória
Por nota, a Prefeitura reiterou ao ESHoje o compromisso com o diálogo e a valorização de seus servidores. Além disso, a administração municipal informou que tem realizado análises e estudos para, respeitando a capacidade financeira do município, promover a modernização de sua política salarial, beneficiando servidores e tendo foco na melhoria dos serviços prestados à população.
