Com a nova onda da Covid-19 anunciada pela Secretária de Estado da Saúde (Sesa), as escolas municipais da Grande Vitória precisam estar cada vez mais atentas aos cuidados de prevenção e combate à doença. Apenas na Capital, 290 profissionais da área da educação foram afastados por conta do coronavírus em 2022.
Para a epidemiologista Ethel Maciel é fundamental que a comunicação de que ainda estamos em uma pandemia seja feita e reforçada no ambiente escolar. “Precisamos continuar informando e educando para a testagem, para o isolamento rápido para diminuir a transmissão e para a vacinação, com as doses corretas para cada faixa etária”, explicou.
Segundo a especialista, é necessário que todos entendam que a pandemia ainda não acabou e um simples descuido pode afetar toda a população de forma muito negativa. “Os locais devem ser ventilados, a máscara deve ser retornada em locais fechados, que não deveria ter sido retirada. Enfim, a escola é um espaço privilegiado de educação para a saúde”, destacou.
Ethel acredita que, mesmo com o aumento no números de casos, as escolas ainda conseguiram se manter de portas abertas. No entanto, se não houver uma atenção e os cuidados não forem intensificados, as crianças poderão ter Covid. “Muitas estão sendo internadas e outras, morrendo. É sempre importante lembrar que temos muitas crianças sem vacinar”, lembrou a epidemiologista.
Grande Vitória
De fevereiro a maio de 2022, a Medicina do Trabalho da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) registrou 290 afastamentos de profissionais da educação por Covid-19 e outros 557 por doenças respiratórias.
Apesar do grande número, a Secretaria de Educação do município informou que nenhuma unidade de ensino ou turma teve as atividades suspensas devido à casos de Covid-19 neste ano letivo.
A Secretaria de Educação do município ainda frisou que, caso seja necessário interromper as aulas de uma turma ou de uma unidade de ensino, não haverá prejuízo ao calendário escolar, pois as aulas serão repostas.
Na Serra, uma escola precisou interromper suas atividades durante sete dias. De acordo com a prefeitura, a interrupção aconteceu devido a um número considerável de casos positivos de Covid-19 entre alunos e profissionais da unidade, e por se tratar de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei), que atende crianças que ainda estão em idade fora do quadro vacinal.
Já em Viana, a prefeitura da cidade afirmou não ter registrado aumento de casos da doença, mas, mesmo assim, segue reforçando sobre as medidas de proteção da doença. Em nota, o município explicou que o uso de máscaras de proteção nas escolas é facultativo, mas garante que é uma recomendação de toda a Secretaria de Educação.
A Prefeitura de Viana ainda ressaltou que todas as unidades contam com medidas de segurança, como uso de álcool em gel, distanciamento social e limpeza das salas de aula e dos demais espaços.
Em Cariacica, a Secretaria de Educação informou que nenhuma unidade teve as atividades intercaladas, e que o corpo docente e os alunos utilizam máscara em ambiente escolar. A secretaria disse, ainda, que há álcool em gel disponível em todas as escolas.
Em relação à quantidade de profissionais, caso exista, afastados pela Covid-19 neste período inicial do ano letivo, o ES Hoje aguarda o envio dos dados das prefeituras da Serra, Viana e Cariacica. Assim que a demanda for respondida, a matéria será atualizada.
Principais recomendações
Devido ao crescimento do número de casos, uma portaria da Secretária de Estado da Saúde (Sesa) recomenda o protocolo que deve ser adotado nas escolas. A portaria 045 foi publicada no Diário Oficial do Estado do último dia 24.
A portaria define:
- A manutenção do esquema vacinal atualizado entre trabalhadores e estudantes;
- Utilização de máscaras durante todo o período de permanência na instituição de ensino;
- Quem apresentar sintomas de síndrome gripal ou esteja em investigação para a Covid-19 deve ser afastado e orientado a realização imediata do teste rápido, além da procura por atendimento médico;
- Os estudantes devem trocar ou guardar a máscara de forma adequada, durante as refeições;
- Higienização frequente das mãos;
- Ambientes internos devem ser arejados, sempre que possível, com ventilação natural;
- Priorizar atividades em áreas externas, espaços amplos e arejados;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Higienização dos locais;
Na portaria constam, ainda, as normas sanitárias recomendadas para as instituições de ensino infantil, tais como:
- Dentro do possível, o não contato próximo entre crianças de diferentes grupos;
- Cada grupo de criança em uma sala, com reforço na higienização;
- Higienização dos brinquedos do parquinho, após a utilização de cada grupo;
- Suspensão do uso de brinquedos que não possam ser higienizados;
- Realização de atividades coletivas em locais abertos;
- A não realização de atividades pedagógicas com manipulação de alimentos.
