O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) entregou na noite de terça-feira (24) ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) sua resposta à notificação feita pela procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, sobre denúncias de corrupção no Governo Renato Casagrande (PSB) feita por ele em discurso no dia 14 de maio.
O documento apontaria nomes de ex-quadros do atual governo como responsável por uma proposta de fraude em licitação. Durante sua fala em inauguração de escola no bairro Jardim Camburi, Pazolini disse que foi convidado para uma reunião no Palácio onde ouviu que, para Vitória receber obras do governo estadual o prefeito teria que compactuar com uma licitação de “cartas marcadas”. “A obra seria feita com empresa tal, de tal pessoa”, disse em discurso.
Pazolini não mencionou o nome do governador e nem de nenhum secretário. O prefeito sequer falou o nome do Palácio José de Anchieta, mas disse “um palácio no centro da cidade que tem o nome de uma autoridade religiosa”.
À reportagem de ESHOJE uma fonte revelou que se tratava de um quadro que já faz mais parte da atual gestão estadual. Mas o prefeito, suas assessorias e defesa, bem como o próprio MPES não revelam nomes também.
O Ministério Público confirma que recebeu e que está analisando o teos das informações “para futura manifestação”. O MPES notificou o prefeito após representação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), para que o órgão ministerial cobrasse detalhes das denúncias, bem como nomes.
Além do MPES, o prefeito Lorenzo Pazolini também entregou documentação à Polícia Federal, que confirmou o recebimento, mas ainda não se manifestou. Porém, enviou para a Procuradoria-Geral da República. Fontes afirmam que o material entregue a PF é de teor diferente ao que o chefe do Executivo de Vitória revelou em discurso.