Conhecida desde o século XVII, a endometriose é uma doença ginecológica que afeta mulheres em idade reprodutiva e considerado um problema de saúde pública pelo impacto na saúde física e mental da paciente.
No brasil, a doença atinge cerca de 6 milhões de mulheres segundo a Associação Brasileira de Endometriose. Somente em 2019, mais de 11 mil mulheres foram internadas por causa dessa condição de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
Com o apelido de “Doença da Mulher Moderna”, ela ocorre quando o endométrio cresce fora do órgão, causando dor intensa e impacta diretamente na qualidade de vida, pode levar a falta ao trabalho e problemas no relacionamento. O diagnóstico demora em média 7 anos para ser concluído, causando muito sofrimento as mulheres.
Segundo a médica e professora UVV, Lúcia Helena Mello de Lima, outro problema da endometriose é a infertilidade, em média 35% dos casos de mulheres que não conseguem engravidar é devido a doença.
“As dores ocorrem na região pélvica antes ou durante o período menstrual – que é o quadro mais característico, pode sofrer alterações urinárias, intestinais e dor durante a relação sexual”, afirma a médica.
O tratamento pode ser feito com medicamentos em casos mais leves ou cirúrgico.
“Todos os médicos que atendem mulheres que se deparam com dor pélvica, cólica menstrual que está atrapalhando a qualidade de vida deve investigar e pensar na possibilidade de ser endometriose, para que a paciente tenha uma diminuição desse sofrimento e que ela possa ser tratada de forma adequada”, ressalta.