Uma equipe de quatro voluntários capixabas resolveu pegar a estrada rumo a Brumadinho, em Minas Gerais, para fazer o bem: levar doações aos moradores do município mineiro. Seja por meio de alimentos, remédios para animais e fornecimento de um pouco de alegria para as crianças.
A equipe do Jornal ESHOJE esteve no município mineiro entre sábado (2) e domingo (3) e conversou com dois dos voluntários. Apesar do clima difícil na cidade, muitas pessoas se doam para ajudar ao próximo.
A voluntária capixaba Josiele Soares de Oliveira, da Organização Não Governamental (ONG) Hora do Riso, que trabalha com recreação infantil, conta que decidiu ir a Brumadinho após a tragédia de Mariana, pelo mesmo motivo de queda de barragem.
“Quando fui informada da tragédia, pensei que mais uma vez aconteceu um crime e quase não acreditei, pois achei que Mariana serviria de alerta e aprendizagem, mas não foi assim. Quis agir imediatamente para ajudar aquelas pessoas, queria fazer alguma coisa, mas infelizmente não diziam como podiamos ajudar, só que a cidade não precisava de ajuda”, relatou.
Josiele Soares agradece por ter participado de uma das ações com crianças em Brumadinho. “Agradeço muito a oportunidade de poder ter levado um pouquinho de cor aos dias tão cinzas daquelas crianças onde algumas delas perderam seus pais ou familiares e outras não entendiam direito o que estava acontecendo”, destaca.
Outra capixaba é Michelle dos Santos Ferreira, também voluntária da ONG, que conta sua experiência no voluntariado. “Foi muito mágico para mim. Tive a oportunidade de levar mais cor para a vida das crianças daquele lugar, apesar do medo”.
Michelle conta que pegou pincéis e tintas, chamou a companheira de trupe e decidiu pintar os rostos das crianças, para levar um pouco de alegria, em meio a tanta tristeza.
“Elas foram incríveis conosco. A cada desenho eu me sentia menos impotente perante a situação. Sei que não poderia fazer muito, mas estava fazendo o meu melhor”, relatou.
Abrigo
E não são apenas os capixabas que resolveram ser voluntários. O Brasil e o mundo inteiro estavam em prol da solidariedade, da corrente do bem. Igrejas deixaram a religião de lado para se unir, abrigando voluntários. Eles se dividem para preparar alimentos, lavar as fardas dos trabalhadores que voltam cheios de lama e carregar doações.
Segundo o pastor Vanoir de Oliveira, gerente de missões da convenção batista mineira, os voluntários são de diversas áreas. “Nós temos uma equipe de assistência psicológica, equipe médica, de voluntários que estão no velório, que estão no cemitério e, sobretudo, nós entendemos que precisávamos de uma estratégia a mais: lavar a roupa do corpo de bombeiros. Nós montamos uma lavanderia na igreja que funciona 24 horas. Lavamos em torno de 200 fardas, auxiliando o corpo de bombeiros”.
Na igreja, são cerca de 70 voluntários que também fazem assistência às famílias, visitando a casa das pessoas. “A população de Brumadinho precisa ser abraçada, ser cuidada e nós procuramos fazer isso”, disse o pastor.
A voluntária da Organização Não Governamental (ONG) S.O.S. Global, Sara Cianelli, conta que o trabalho é voltado para o socorro e catástrofes. “São profissionais de várias áreas do Brasil inteiro. Primeiro, veio um olheiro para saber o que estava precisando e selecionou uma equipe de psicólogos para atuar”, explicou.
Sara destaca que o município não precisa de doações, por enquanto, mas, depois de um mês, o suprimento precisará ser reposto. “Muita gente doou, estamos com um estoque cheio e não tem tanta gente para receber as doações. Mas, quando o fato completar por volta de um mês, não vai ter mais ninguém, vamos precisar de mais material”.
Por Heberton Silva
Fico feliz em saber que existem pessoas como vcs, solidárias, todos vcs estão de parabéns, que só o senhor possa recompensar cada um de vcs, equipe abençoada por Deus.