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Volatilidade dá o tom dos negócios, mas mercados fecham em alta em Nova York

A volatilidade novamente se fez presente nos negócios desta quinta-feira, 27, em Nova York. Após um dia de ganhos eufóricos na quarta-feira, os mercados acionários americanos enfrentaram perdas bastante expressivas e chegaram a cair em torno de 3% durante a tarde. No entanto, em uma demonstração de força, os principais indicadores acionários americanos apagaram as perdas do dia nos minutos finais do pregão e fecharam em alta, dando prosseguimento ao rali de quarta.

O índice Dow Jones puxou a fila e fechou em alta de 1,13%, aos 23.136,52 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,85%, para 2.488,59 pontos. Já o índice Nasdaq, que chegou a cair mais de 3% durante a tarde, chegou ao fim da sessão em alta de 0,38%, para 6.579,49 pontos. Nesse cenário, o índice de volatilidade VIX recuou 2,01%, para 29,80 pontos, abaixo da marca simbólica de 30 pontos, mas ainda em níveis elevados.

A queda vista no índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos mostrou preocupação dos americanos quanto ao futuro da economia do país. Enquanto o indicador principal recuou de 136,4 pontos em novembro para 128,1 este mês, o menor nível em cinco meses, o Conference Board destacou a frustração com o índice de expectativas dos consumidores, que caiu de 112,3 mês passado para 99,1 pontos agora.

Para a diretora sênior de indicadores econômicos da instituição, Lynn Franco, a forte baixa das expectativas dos consumidores “reflete uma preocupação crescente de que o ritmo de crescimento econômico começará a se moderar no primeiro semestre de 2019”.

Na avaliação do economista Christopher Rupkey, do Mitsubishi-UFJ Financial Group, “a súbita perda de confiança do consumidor provavelmente fará com que os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pensem duas vezes antes de aumentar as taxas de juros novamente em breve”. Para Rupkey, a próxima alta nos juros pelo Fed permanece uma incógnita para os investidores, “dadas as perdas no mercado acionário este ano e as críticas do presidente, que se unem e pedem para o Fed pausar o aperto depois de efetuar elevações nos juros nos últimos cinco trimestres consecutivos”.

O cenário citado por Rupkey, de que a autoridade monetária dos EUA pode deixar as altas de juros de lado, é o cenário base do diretor global de investimentos da Guggenheim Partners, Scott Minerd. No relatório intitulado “Algumas vezes meteoros atingem a Terra”, divulgado nesta tarde e que circulou nas mesas de operação em Wall Street, Minerd defende que o Fed “será rápido para resgatar os mercados se as ações continuarem a cair de suas máximas” porque “os dirigentes não têm estômago para assistir a esses movimentos se transformarem em uma crise sistêmica”.

Os bancos, que foram penalizados durante todo o dia, foram apoiados no fim do pregão e suas ações exibiram ganhos. O subíndice financeiro do S&P 500 foi um dos líderes entre todos os segmentos e apresentou alta de 1,11%, para 392,00 pontos, apoiado por ações de bancos como Goldman Sachs (+1,52%), JPMorgan (+1,13%) e Morgan Stanley (+0,92%).

Apesar da recuperação vista na reta final da sessão desta quinta, a Charles Schwab, maior corretora de pessoa física dos EUA, mantém um tom cauteloso. Para a chefe de investimentos da instituição, Liz Ann Sonders, “as condições financeiras se estreitaram significativamente este ano, o que tende a exercer pressão negativa sobre as ações”. “Nossa perspectiva cautelosa persiste à medida que vemos o risco crescente de uma recessão em 2019.”

Victor Rezende
Estadao Conteudo
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