Dólar Em baixa
5,204
20 de abril de 2024
sábado, 20 de abril de 2024

Vitória
22ºC

Dólar Em baixa
5,204

Vinte mil hectares de eucalipto são roubados por ano no ES

Caio Miranda – [email protected]

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/70x70/1_foto3-151562.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'56390dce537fc', 'cd_midia':151562, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/foto3-151562.jpg', 'ds_midia': 'Árvores', 'ds_midia_credi': 'Divulgação', 'ds_midia_titlo': 'Árvores', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '500', 'cd_midia_h': '375', 'align': 'Left'}Dados alarmantes sobre roubo de cargas e produtos agrícolas no Espírito Santo, principalmente na região norte, preocupam as autoridades. O comércio mais atingido é o de eucalipto, um dos mais produtivos do agronegócio capixaba. Cerca de 20 mil hectares por ano de florestas são alvos de roubo de madeira, utilizada, em sua maioria na produção de carvão em carvoarias ilegais. São necessários 3.300 caminhões para transportar toda a carga furtada.
São mais de 800 fornos ilegais no estado, espalhados em 110 pontos. Cerca de oito mil hectares de áreas florestais são consumidos anualmente por incêndios criminosos. A prática criminosa beneficia indústrias siderúrgicas de médio e pequeno porte de estados vizinhos, que compram carvão ilegal a baixos preços. Madeireiras e serrarias clandestinas também recebem o material.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/70x70/1_coletiva_inseguranca_no_campo___julio_rocha___bruno_barros__30_-151463.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5638faf2d8f7f', 'cd_midia':151463, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/coletiva_inseguranca_no_campo___julio_rocha___bruno_barros__30_-151463.jpg', 'ds_midia': 'Julio Rocha: ENTITY_quot_ENTITYEsses criminosos que operam na região agem com estrutura de crime organizadoENTITY_quot_ENTITY', 'ds_midia_credi': 'Bruno Barros', 'ds_midia_titlo': 'Julio Rocha: ENTITY_quot_ENTITYEsses criminosos que operam na região agem com estrutura de crime organizadoENTITY_quot_ENTITY', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '232', 'align': 'Right'}De acordo com o Sindicato dos Produtores Rurais de São Mateus, o número de roubos e furtos na região subiu cerca de 40% nos últimos três meses. A Polícia Militar também apresenta números nada animadores. O 13º Batalhão da PM registrou, de Janeiro a Outubro deste ano, 1.949 casos de crimes contra o patrimônio em São Mateus, Conceição da Barra, Jaguaré e Pedro Canário, sendo boa parte em áreas rurais.
A insegurança no interior fez com que a Fórum das Entidades e Federações (FEF) – formado pelas Federações da Agricultura e Pecuária (Faes), do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio), das Indústrias (Findes), dos Transportes (Fetransportes) e a ONG Espírito Santo em Ação – realizassem a “Oficina de Trabalho: Furto, Roubo e Insegurança no Campo”, com o objetivo de apresentar propostas e buscar soluções efetivas para reduzir a criminalidade na região Norte do estado.
O Presidente da Faes, Júlio Rocha, sugeriu a utilização de aplicativo da polícia para proteger as populações de áreas isoladas e chips de identificação em cargas e produtos. Sobretudo, Júlio atentou sobre a necessidade de fazer uma busca para identificar os receptadores das mercadorias roubadas.
“Não é difícil identificar os cabeças, mas precisamos ter um entendimento institucional presente para criminalizar e processar essas pessoas, para dar trabalho a eles. Esses criminosos que operam na região agem, muitas vezes, com estrutura de crime organizado.”
Outro que mostrou descontentamento e preocupação foi Jorge Cajazeira, diretor de Relações Institucionais da Suzano Papel e Celulose, empresa que atua na região Norte.
“A Suzano, assim também como a Fibria (antiga Aracruz Celulose), sofre com o roubo institucionalizado de madeira. Só para ter ideia de valor, a Suzano perdeu, no ano passado, R$ 10 milhões de reais por causa da prática ilegal. E todo mundo sabe quem são os criminosos. Precisamos de ações constantes na região, porque não prejudica só as empresas, mas sim todo o comércio legal da área. É necessária uma fiscalização das rodovias, todo dia passa caminhão com madeira roubada”.
Segundo os participantes do encontro, o roubo e a queima da madeira nativa vão além dos problemas para a economia do estado. A ação criminosa promove, por exemplo, o trabalho infantil, a evasão escolar e o tráfico de drogas. A base das organizações ilegais é constituída por famílias de baixa renda, que são praticamente obrigados a trabalhar em ritmo de escravidão, com rendas mensais que variam de 800 a 1000 reais.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/70x70/1_coletiva_inseguranca_no_campo___bruno_barros__7_-151448.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5638faf2d8f7f', 'cd_midia':151448, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/11/03/coletiva_inseguranca_no_campo___bruno_barros__7_-151448.jpg', 'ds_midia': 'Coletiva Insegurança no Campo', 'ds_midia_credi': 'Bruno Barros', 'ds_midia_titlo': 'Coletiva Insegurança no Campo', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '232', 'align': 'Left'}Sesp apresenta medidas para reduzir crimes
O setor de segurança pública do estado foi representado, na Oficina, por Guilherme Pacífico, subsecretário de Estado de Integração Institucional da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Guilherme começou sua explanação apresentando dados que mostram a redução da violência – sobretudo no número de homicídios – no estado nos últimos seis anos e anunciou para a próxima quinta-feira (5), a formação de mil novos policiais militares. Em seguida, explicou as ações da Secretaria e citou propostas para minimizar a violência no interior.
“Não estamos nos esquecendo dos crimes contra o patrimônio. Em razão do sucesso da agricultura do estado, muitos criminosos acabam sendo atraídos. Em todas as reuniões que fizemos pelo Espírito Santo, a demanda número um é com relação à Patrulha Rural, que visita as fazendas, sítios, moradias e cooperativas. Ela é um exemplo e estamos trabalhando para intensificá-la, com a chegada do novo efetivo policial”.
“Gostaria que tivéssemos um grupo de trabalho estadual, tendo a Secretaria de Segurança como anfitriã, para cuidar especificamente do tema e que possa coletar todas as ações. O grupo envolveria o máximo de órgãos federais, estaduais e municipais, não só da segurança pública, mas das áreas de fiscalização e educação. E, a partir daí criar, nas microrregiões, responsáveis sobre a repressão aos crimes rurais”, completou Pacífico.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas