Passada a ressaca de Natal – e os duendes juram que Papai Noel enfiou o pé na jaca – decidi fechar o balanço de 2015.
O balanço, digo com clareza, porque as contas só vou conseguir fechar lá para abril ou maio.
Mas o deputado Delfim Neto, homem forte da economia na época da ditadura militar, disse que dívida é problema do credor. E quase virou ministro da Fazenda de Dilma Rousseff.
E o ano termina como começou: mais Geni do que bosta.
E sobrevém a informação de que apenas em 2015 o governo Dilma Rousseff manteve a nefasta prática bolivariana de alimentar, com dinheiro público, a indústria sindical. E os valores são muito significativos.
Neste ano, R$ 3,1 bilhões já chegaram aos cofres de 10.123 sindicatos, confederações e federações. Os recursos saem do bolso dos assalariados e dos empregadores a título de contribuição sindical. Mesmo os não sindicalizados são obrigados a pagar. No caso dos trabalhadores, se o pagamento não ocorre é descontado na folha de pagamento o imposto sindical, equivalente a um dia de salário do trabalhador.
Lamentável, sobretudo, a certeza de que a maior parte desses recursos foi desviada para as milícias da Central Única dos Trabalhadores (um exército de parasitas) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (e sem vontade de trabalhar no campo).
Enfim, todos os trabalhadores brasileiros contribuindo para que as sanguessugas permaneçam desocupadas, apenas intimidando a nação com a ameaça de pegar em armas para defender a quadrilha que se instalou há 13 anos no poder central.
O fechamento de 2015 não poderia estar coroado da forma previsivelmente lamentável se as redes sociais – freqüentadas pelas elites brancas que querem tirar os pobres do poder – não dessem conta da relação entre o que se pretende gastar nas festas de fim de ano e a crise no sistema de saúde em todo o País.
É absolutamente estarrecedor o quadro geral. O show de fogos de artifícios de Fortalece custará o equivalente a 11 mil mamografias; o cachê de Safadão (acho que não é quem estou pensando) daria para parar 1.088 cirurgias de catarata; show do biquíni cavadão, 16.433 unidades de antibióticos; show de Luan Santana, 6.700 anestesias e show do Raça Negra, 789.483 luvas cirúrgicas.
O mau exemplo vem da Suécia, uma colônia subdesenvolvida do norte da Europa que desistiu de disputar a organização dos jogos olímpicos de 2022 porque acha que é mais importante investir em programas sociais.
De bom mesmo fica a expectativa de que o FBI confirme o prometido: divulgar provas de que o Brasil vendeu para a Alemanha aquela vergonhosa derrota de 7 a 1 na Copa de 2014.
E aí vêm os gestores incompetentes e mal intencionados como governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendendo a volta imediata da CPMF, para ver se meta a mãozona no dinheiro mais depressa.
Não tenho vergonha de ser brasileiro.
Tenho vergonha do governo de meu País.