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Vereador pede cassação de colega após empurrão em parque

O vereador Camilo Cristófaro (PSB) foi alvo de um pedido de cassação entregue na segunda-feira, 14, à Presidência da Câmara Municipal de São Paulo pelo também vereador George Hato (MDB), que o acusa de agressão e quebra de decoro parlamentar. A briga entre os parlamentares envolve os créditos pela abertura de uma área verde anexa ao Parque da Independência, no Ipiranga, zona sul da capital.

A Presidência informou que “o caso em questão será encaminhado para a Corregedoria da Casa, com instrução para que seja aberto o procedimento de apuração.” É a segunda vez que Cristófaro é alvo de um pedido de cassação. O primeiro, do ano passado, terminou arquivado.

A confusão que resultou no ofício ocorreu na manhã de segunda-feira e terminou com postagens de vídeos nas redes sociais pelos dois parlamentares. Em um, publicado por Cristófaro em sua página no Facebook, é possível ouvir Hato o xingar. No postado pelo emedebista, é possível ver o momento em que Cristófaro o empurra, fazendo Hato cair alguns degraus na escada onde estava.

A briga tem origem na abertura de uma área anexa ao Parque da Independência, de 28 mil metros quadrados, que deverá ser feita pela Prefeitura Regional do Ipiranga. Hato foi ao local com uma equipe de filmagens gravar a limpeza da área. Estava acompanhado de garis.

Cristófaro, que busca também se associar à abertura do espaço, com ao menos três vídeos sobre o tema publicados nas duas últimas semanas, também gravou novo vídeo, em que homens começam a questionar se Hato pertenceria à região.

Nesta terça, na Câmara, Hato foi ao plenário e discursou relatando a agressão, mas sem citar diretamente Cristófaro, que chegou na sessão após a fala do adversário. Ele tentou fazer uso da palavra, mas Hato requereu a suspensão da sessão. A votação do pedido mostrou que a sessão não tinha quórum suficiente, e terminou suspensa.

Em sua representação, Hato afirma que “as agressões foram iniciadas pelo denunciado sem qualquer motivo, simplesmente pela presença do denunciante, que estava exercendo as funções de seu mandato”. Diz ainda que “além de proferir as ofensas de “oportunista”, “mentiroso” e “babaca”, passou a ofender diretamente a esposa do denunciante ao afirmar “vai de sábado na Iracema ver ele de bermuda com as namoradinhas””

Já Cristófaro afirma ter sido xingado ao procurar Hato. “Eu cheguei e falei para ele: George, essa área é de minha responsabilidade, é das minhas emendas. Foi quando ele me xingou”. O vereador do PSB voltou a atenção então ao carro que teria trazido Hato: um veículo oficial da Assembleia Legislativa do Estado. A assessoria do vereador afirmou que Hato estava acompanhado do pai, o deputado estadual e ex-vereador Joogi Hato (MDB), que tem direito ao uso do carro oficial para a execução de suas atividades parlamentares. “O pedido de cassação tem de ser dele. Não teve quebra de decoro nenhum”, disse Cristófaro.

O vereador do PSB já se envolveu em confusões antes. No episódio mais grave, foi acusado pela então vereadora Isa Penna (PSOL) de tê-la xingado de “vagabunda” e “terrorista”. Um processo também chegou a ser aberto na Corregedoria da Câmara, mas terminou arquivado.

Bruno Ribeiro
Estadao Conteudo
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