por Dóris Fernandes – [email protected]
Moradores do bairro Grande Vitória, na capital, que foram a Unidade de Saúde da região em busca de atendimento, nesta quarta-feira (11), tiveram que voltar para as suas casas sem atendimento médico. É que funcionários da unidade interromperam os serviços, pelo segundo dia consecutivo, devido a frequentes ameaças e agressões feitas por pacientes. De portas fechadas, representantes das Secretarias Municipal de Saúde e de Segurança de Vitória, servidores e o presidente da comunidade estão reunidos, nesta manhã, para reverter a situação.
Quem foi a unidade encontrou as portas fechadas e a incerteza de que o atendimento voltará a normalidade a partir das 13h desta quarta. O impasse foi gerado após uma assistente social do posto ser agredida, na manhã de segunda (9), por um travesti. O agressor teria ido a unidade fazer o Cartão Nacional de Saúde, mas ficou revoltado ao pegar o documento e ver que no campo onde informa o sexo da pessoa estava masculino e não feminino como ele queria.
Segundo funcionários, no cadastro é possível por o nome que consta na identidade e o nome social. Porém, o campo que informa o sexo não pode ser alterado, porque o sistema só aceita o registro feito no CPF do paciente.
Relatos dão conta de que o agressor, indignado, rasgou o papel e esfregou na cara da assistente social. Funcionários lembraram que somete esse ano cinco servidores desistiram de trabalhar na unidade por terem sidos agredidos ou ameaçados por pacientes.
Com informações de Laureen Bessa