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sexta-feira, 29 de março de 2024

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Um filho especial para uma mãe especial

tha e joseNa coluna de hoje eu vou falar sobre o nascimento do baby José, filho da mamãe Thanandra Torres, que veio ao mundo há exatas cinco semanas, quando ela estava com apenas 30 de gestação. Pegou todo mundo de surpresa! A gravidez era saudável, sem complicações, por isso não era esperado um parto prematuro. Mas José quis assim, escolheu seu dia e maneira de nascer e apertou a tecla “com emoção” várias vezes, porque olha, vou te contar viu…

O parto foi tipo de filme, de novela, sabe?! A Thanandra estava de repouso desde o dia 5 de março, devido a um pequeno sangramento que tinha tido, mas nada preocupante. Um fio de sangue que saiu no papel após fazer xixi. Tenho certeza que muitas de vocês já tiveram algo assim e nada aconteceu. Eu mesma tive e nem de repouso precisei. Nesse dia, que era um domingo, ela foi examinada por sua médica, que orientou que ela desacelerasse, mas que estava tudo bem. Ela ficou ótima o resto do dia e na segunda também, mas na terça, dia 7, acordou com um sangramento diferente daquele fio de sangue do domingo. Era mais contínuo e insistente, toda vez que ia ao banheiro, saia um pouquinho. Sua médica preferiu examiná-la e constatou que o colo do útero estava alterado, um pouco mais fino. Indicou repouso e aguardar os próximos acontecimentos. Também receitou o hormônio progesterona pra conter o sangramento e uma injeção de corticoide pra amadurecer os pulmões do bebê. Acabou que ela não conseguiu tomar a injeção naquele dia, nem fazer a ultrassom orientada, marcando tudo para quarta.

Ela me contou que foi um dia bem atípico pra ela, estava mais introspectiva, tristinha, e ficou quieta em casa deitada, sentindo apenas uma leve dorzinha. Foi dormir normalmente e quando foi 2h30 da manhã, acordou no susto com um jato escorrendo entre as pernas. Claro que achou que era a bolsa, mas após dar aquela pesquisada básica no Google, entendeu que não era, mas resolveu ligar pra médica. Após contar a situação, foi orientada a tomar um remédio pra dor, já que nesse momento ela começou a sentir uma cólica mais forte, e que tentasse dormir. Mas claro que ela não conseguiu. Cochilava e acordava. Até que lá pelas 4 horas da manhã, sentiu vontade fazer cocô e achou muito estranho aquilo, pois nunca tinha acontecido algo do tipo, no meio da madrugada. Nesse momento, ela lembrou que já tinha lido mães relatando essa situação quando estavam em trabalho de parto e um alerta acendeu. Bem, a partir desse momento, o vaso era o local mais confortável pra ela, que lá ficou e até dormiu sentada. Quem já passou por um TP, provavelmente vai se visualizar nesta cena.

Por volta das 5h da manhã, o marido acordou e viu que ela estava no banheiro e pediu pra que viesse dormir na cama. Foi então que ela passou mal, vomitou, teve calafrios e os lábios tremiam sem parar. Diante da situação, o papai mandou uma mensagem para a médica relatando os ocorridos. Detalhe importante, por enquanto nada de contração, só a tal dorzinha de cólica, contínua, mas leve, tanto que quando a médica ligou pra ela, às 6h05, e pediu que classificasse a intensidade da dor que estava sentindo, de zero a 10, chutem a resposta? Pasmem, ela falou 3 ou 4, ou seja, no quesito dor, estava tudo tranquilo. Porém, quando ela relatou que estava sentada no vaso, porque era o único local que se sentia confortável, ouviu a seguinte frase: “saia daí agora, volta pra sua cama que eu estou indo pra sua casa te ver”. Assustada, óbvio, ela voltou pra cama. Foi então que a bolsa estourou e pela primeira vez ela pensou: “meu filho vai nascer!”. Ela então voltou para o vaso e ligou pra médica, que já estava no elevador, cerca de 15 minutos após se falarem pela primeira vez.

Quando a Dra. Maria Angélica Belonia, obstetra da Thanandra, entrou no seu quarto, a primeira coisa que ela fez foi tirá-la do vaso e deitá-la na cama pra poder examinar. Segundos depois, olhou para os dois e disse: “o filho de vocês está nascendo, vistam qualquer roupa e vamos para o hospital”. Gente, ela estava com dilatação total, acreditam? E o bebê nascendo mesmo! E o que ela sentiu? Uma leve cólica, daquelas que temos quando menstruamos, tanto que até a bolsa estourar, nem imaginava que estava em trabalho de parto, pois a ideia que ela tinha desse momento era de que sentiria muita dor a cada contração. Só depois soube que a primeira contração foi no vaso, quando achou que era só vontade fazer cocô.

Em seguida, partiram para o hospital. Hollywood perderia para tanta ação e movimento. O pai dirigindo tipo motorista de ambulância, mais do que necessário, porque se demorasse, nasceria no carro, sem exagero algum. Sorte que era cedo e ainda não tinha trânsito. Enquanto isso, a médica no banco de trás, enquanto segurava a mão da mamãe, que estava na frente, foi ligando para o hospital pra avisar que estava chegando com uma paciente parindo e que ia precisar entrar direto para a sala de parto, que precisaria das pediatras no local, pois se tratava de um prematuro e todo o resto necessário. Quando eles chegaram, já tinha uma pessoa com uma cadeira de rodas esperando na porta. Não, não dava pra andar, qualquer esforço e o bebê nasceria ali mesmo, na recepção. Ela contou que teve uma contração no carro e outra assim que chegou.

Enquanto o pai dava entrada na internação, elas já seguiram para a sala de parto. A médica ouviu os batimentos do bebê e estava tudo certo e já a levou pra sentar no “banquinho”, famoso nos partos normais. Nessa altura do campeonato, o trabalho de parto já estava na fase mais que ativa, com os famosos puxos, que nada mais são que a vontade de empurrar e fazer força para o bebê sair. E foi isso que ela fez, força assim que veio a quarta contração, pelas suas contas. Ela me disse que não sabia direito o que estava fazendo, pois ainda não tinha conversado sobre o parto com a médica, o papo aconteceria na próxima consulta. Por causa disso, ela não se preparou para este momento e pra fazer a tal força, respirar etc. Assim que passou essa contratação, a médica explicou o que ela teria que fazer assim que viesse a próxima. Nesse curto intervalo, mandaram chamar o pai, que ainda não estava na sala, pois se não viesse logo, não veria o filho nascer.

Ainda neste momento, eles aproveitaram pra fazer uma oração, pedir bênçãos para o pequeno que logo chegaria e a médica colocou a mão da Thanandra na cabecinha do bebê, que já estava coroando. E logo veio a quinta e última contratação, ela fez a primeira força “correta” e ploc, o José escorregou e nasceu. Exatamente assim! Se ela só tivesse me contado, talvez eu não teria acreditado que foi tão rápido e intenso, mas eu vi o vídeo do parto, tive este privilégio, e foi assim mesmo. Momento lindo e emocionante demais, impossível conter as lágrimas. E para alegria de todos, ele nasceu forte, ativo, chorando, no melhor dos cenários previstos para um bebê tão novo. Foi possível o papai cortar o cordão umbilical e a mamãe enfim dar aquele cheiro que tanto esperamos quando estamos grávidas, com direito a foto e tudo.

Na sequência, José foi para a UTIN, para receber os cuidados necessários, devido a sua prematuridade e lá está há 5 semanas. Mas os dias dele desde então e toda a sua evolução, eu conto na próxima coluna. Aguardem, porque vem mais emoção por aí, além de muita fé, força e superação! Até a próxima!

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Grazieli Esposti
Grazieli Espostihttp://jornalista
Grazieli Esposti é jornalista e especialista em Comunicação Estratégica e Gestão da Imagem, mas sua maior realização é, sem dúvida, a maternidade. Mãe do Bernardo e Henrique, ela divide, em sua coluna, um pouco das dores e delícias dessa viagem sem volta. Tudo com muita opinião, sinceridade, respeito, fé e bom humor. Sugestões: [email protected] / Instagram: @colunajeitodemae / Fan page: Coluna Jeito de Mãe.

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Comentários
  1. Simplesmente adorei as dicas citadas aqui, realmente a infertilidade é um grande problema que afeta muitas mulheres e acredito que com um bom tratamento nós podemos conseguir o tão sonhado filho ou filha. Adorei seu blog.

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