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Transporte sem massa

“Nunca desista dos seus sonhos”, mas é preciso que sonhemos com os olhos bem abertos, pés plantados no chão e a cabeça fazendo projeções sobre exequibilidades.

O novo secretário de Estado dos Transportes, Fábio Damasceno, recém empossado para compor o secretariado do governador Renato Casagrande, anunciou que, uma de suas primeiras ações à frente da Secretaria é colocar em funcionamento o sistema de transporte aquaviário, ligando Vitória, Cariacica e Vila Velha.

Os tempos são outros. O sistema de transporte por lancha, entre Vila Velha e Vitória durou até a década de 60, através das lanchas de propriedade da velha Central Brasileira de Força Elétrica, companhia anglo-canadense, que detinha a concessão dos serviços de energia da Grande Vitória, os transportes de bondes e as velhas barcas que, como todo negócio inglês, tinha razoável pontualidade.

Os bondes desapareceram, as lanchas também, com o término da concessão de 100 anos concedido à CCBFE (do Grupo Schere and Pawer), sistema extinto no governo do Movimento Revolucionário de 1964, mercê de uma campanha persistente montada na época pelo líder empresarial Américo Buaiz, presidente da Findes (Federação das Indústrias), no Governo Christiano Dias Lopes Filho.

Várias tentativas foram feitas com objetivo de “revitalizar” o transporte de passageiros através de barcas, na baia de Vitória, mas sem grande sucesso. Os concessionários reclamavam da falta de passageiros, mormente nos períodos de chuva ou fora dos horários de “pico”.

Tem coisas e outras coisas! Insiste, por exemplo, o prefeito Luciano Rezende, de Vitória, que o capixaba deva abandonar o transporte por ônibus e andar de bicicleta. Não temos grande núcleos industriais ou núcleos habitacionais com concentração de trabalhadores que poderiam usar a bicicleta para se locomoverem entre sua moradia e a fábrica. Não somos um estado industrializado e muito menos temos um povo com tempo para viver trepado numa bicicleta. As ciclovias da cidade vivem, de segunda a sábado, abandonadas, com raros ciclistas trafegando. Domingo, aparece uns esforçados que, à falta de outro divertimento, andam de bicicleta.

Quero ver o tipo de empresário corajoso que, sem subsídio, vá enfrentar o sistema de transporte aquaviário, mesmo com o formidável crescimento da população.

Tivemos aqui, também, os autores de promessas de escadas rolantes, até para a Lua, tuneis, pontes as mais diversas, viadutos, teleféricos e até um “disco voador” plantaram na av. Nossa Senhora da Penha, numa demonstração de que, “de músico, poeta e louco, todos nós temos um pouco”, como a velha modinha de carnaval.

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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