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Transplantes de medula óssea autólogo aumentam no ES

O número de transplantes de medula óssea do tipo autólogo, realizado no mesmo paciente, praticamente duplicou no Espírito Santo este ano. Somente de janeiro a outubro de 2013 já foram realizados 23 transplantes, contra 17 em todo o ano anterior. A previsão é que até o final de 2013 sejam feitos um total de 33 procedimentos, o que representará um aumento de praticamente 100% em relação a 2012.
As principais doenças que demandaram esse tipo de transplante durante o ano foram o mieloma múltiplo, com 13 transplantes; linfomas, com oito; e leucemia aguda e tumor de células germinativas, com um procedimento realizado cada. A faixa etária das pessoas que se submeteram ao tratamento variou entre 18 e 70 anos, sendo 13 mulheres e 10 homens.
O transplante autólogo é realizado pelo Criobanco Medicina e Terapia Celular, o único no Estado especializado para este tipo de procedimento, em parceria com o Hospital Santa Rita de Cássia. O serviço completa cinco anos em novembro e já soma 75 transplantes efetuados desde então. De acordo com o médico hematologista do Criobanco, Marcelo Aduan, esse tipo de transplante de medula atua como se fosse uma quimioterapia mais intensa. “Trata-se de um procedimento no qual se usa as células-tronco do próprio paciente após a quimioterapia de altas doses, que é mieloablativa ( ou seja, promove destruição total da medula óssea) ao mesmo tempo que visa eliminar ou diminuir a carga tumoral através de altas doses de quimioterapia, a infusão de células tronco hematopoiéticas autólogas promove novamente a produção das células sanguíneas ( glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O transplante autologo pode ser tratamento com objetivo curativo para Linfomas e algumas Leucemias ou objetivando controle temporário da doença com aumento da sobrevida como observado no Mieloma Múltiplo.
Saiba mais
O que é medula óssea?
É um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por ‘tutano’. Na medula óssea são produzidos as células que circulam no sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, principalmente no combate das infecções. As plaquetas são importantes elementos do sistema de coagulação do sangue.
O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para tratar algumas doenças malignas que afetam o ser humano. Alguns tipos de câncer são quimiossensíveis (sensíveis a quimioterapia) mas não são eliminados por doses convencionais dos quimioterápicos. Necessitam muitas vezes de doses muito elevadas para serem eliminados e essas doses são na maioria das vezes letais para o paciente por destruírem sua medula óssea incluindo suas células progenitoras (células tronco).
Dessa forma, a coleta prévia de células progenitoras capazes de reconstituir com eficácia uma nova medula óssea elimina o fator dose limitante dos quimioterápicos dando uma nova chance de um tratamento eficaz com altas doses de quimioterapia. Isso é o Transplante de Medula Óssea. O transplante pode ser autogênico, quando as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico quando as células provêm de um outro indivíduo (doador). O transplante pode ser feito a partir de células precursoras coletadas diretamente da medula óssea, ou do sangue circulante através do processo de mobilização ou do sangue de cordão umbilical.
Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode estar indicado.
Anemia Aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para ‘substituir’ a medula improdutiva por uma sadia.
Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. O transplante surge como uma forma de tratamento complementar aos tratamentos convencionais.
Mieloma: É um tipo de câncer proveniente das células plasmáticas da medula óssea. Ocasiona o enfraquecimento da fábrica do sangue e causa frequentemente lesões ósseas e alterações da função renal.
Linfomas: São de dois tipos diferentes, Hodgkin e não Hodgkin. Se originam na maioria das vezes nos gânglios (ínguas), mas podem afetar qualquer tecido do organismo.

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