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Transplante de córnea cresce no país

O registro de transplantes de córnea da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) aponta um crescimento de 19,49% no número de procedimentos realizados entre 2010 e 2012. Saltou de 12.788 em 2010 para 15.281 no ano passado.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, este aumento evidencia a falta prevenção contra o ceratocone. Isso porque, a doença que afina e deforma a córnea, responde por 70% dos transplantes realizados no Brasil, contra 15% nos EUA. Além disso, em 2010 foi normatizado no país o crosslink, única técnica capaz de interromper a evolução do ceratocone.

O médico ressalta que a estimativa é de que a doença atinge os dois olhos de 1 em cada mil brasileiros, ou seja, cerca de 200 mil pessoas. Dessas, 30% não conseguem ter boa correção visual usando óculos, lente de contato ou um anel que é implantado na córnea para achatar seu formato. “É este grupo que vai para a fila de transplante por falta de alternativa para corrigir a visão” diz Queiroz Neto.

Sinais de alerta

O especialista destaca que geralmente o ceratocone vem acompanhado de astigmatismo. Alérgicos formam o principal grupo de risco da doença. Isso porque, o hábito de coçar os olhos enfraquece as fibras de colágeno da córnea, facilitando seu afinamento e deformação, afirma. Não por acaso, no outono o aumento da poluição pode agravar a doença.

Para aliviar a coceira recomenda aplicar compressas de água fria sobre os olhos. A instilação de colírio antialérgico e até a suplementação de ômega 3 para melhorar a produção da lágrima que protege a superfície da córnea só devem ser feitas sob supervisão de um oftalmologista. Além da alergia, ele diz que o ceratocone pode ser sinalizado por:

-Mudança frequente na prescrição dos óculos

– Fotofobia
– Aumento da fadiga ocular
– Olhos irritados
– Enxergar halos noturnos

Diagnóstico precoce

No início da doença alguns portadores podem ter boa visão sem usar óculos de grau. “Este é o caso deste paciente que tem irregularidades na córnea, mas ainda enxerga perfeitamente bem sem óculos”, afirma Queiroz Neto, apontando para a tomografia de um menino com 13 anos de idade.

Ele explica que a falta de sintomas acontece quando a córnea tem irregularidades ópticas na face anterior e na posterior que se compensam. “A tomografia da córnea oferece imagens das duas faces e torna o tratamento mais seguro e previsível do que a topografia que analisa uma só face”, diz.

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