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Tradicional relógio da Praça Oito, em Vitória, continua sem funcionar

Foto: Leonardo Silveira
Foto: Leonardo Silveira

O relógio da praça Oito de Setembro, no Centro de Vitória, foi danificado por oscilações na rede elétrica no final de 2016 e está parado. Como o equipamento é tombado pelo patrimônio histórico estadual, não são possíveis grandes modificações em seu mecanismo, construído e montado há 96 anos.

A avaliação da Ensel Engenharia e Serviços Especiais Ltda, empresa contratada para a reativação do relógio, é de que o restauro da peça danificada não garante o funcionamento do mecanismo em função da incompatibilidade de tecnologias do início do século passado e atual e ausência de peças de reposição.

Há necessidade de remessa de todo o mecanismo do relógio para avaliação do conjunto a uma empresa em São Paulo. A Prefeitura de Vitória aguarda a opinião do Conselho Estadual de Cultura para reativar o equipamento.

“O relógio da Praça Oito de Setembro é um símbolo e, como símbolo, deve ser sempre preservado. A cidade deve estar atenta a ele, assim como o poder público também o faz. Sua representatividade para o povo do Espírito Santo e para o capixaba, particularmente, é inequívoca, fundamental. É preciso dizer, entretanto, que, sendo um marco da cidade, o monumento é tombado pelo patrimônio histórico estadual, de modo que necessitamos do aval do Conselho Estadual de Cultura para que haja qualquer tipo de intervenção. Todas as medidas técnicas estão sendo tomadas para que haja a reativação de tão importante marco civil”, disse o secretário municipal de Cultura, Francisco Grijó.

Histórico

O relógio da Praça Oito foi instalado na década de 20, nove anos após a inauguração da praça, localizada no Centro Histórico de Vitória, entre as avenidas Princesa Isabel e Jerônimo Monteiro. Dos anos 20 até a década de 70, o relógio tocou a cada hora os acordes iniciais do hino do Estado do Espírito Santo, quando um defeito deixou o equipamento sem sua principal característica.

Em outubro de 2013, após quase 40 anos sem tocar os primeiros acordes do hino do Espírito Santo, o equipamento foi restaurado pela Prefeitura de Vitória. Três anos depois – no final de 2016 -, o aparelho foi danificado em função de oscilações na rede elétrica, queimando o drive do equipamento.

O relógio foi projetado por Jayme Figueira, construído por Radagásio Alves e montado pelo alemão João Ricardo Hermamm Schorling, em uma torre em forma de prisma quadrangular com 16 metros de altura e quatro relógios, sendo um em cada face.

Em função de ser um marco histórico para a cidade de Vitória, o relógio é tombado como patrimônio histórico estadual e está sob proteção legal inscrita no Tombo Histórico (Processo de tombamento nº 08/1992. Resolução do Conselho Estadual de Cultura. Inscrição no Livro do Tombo Histórico sob o nº 181).

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