Se não bastasse terem que conviver com a dor a saudades e a revolta pela perda, a família da médica Milena Gottardi Tonini Frasson, estão apreensivos. Milena foi vítima de assassinato arquitetado pelo ex-marido, Hilario Antônio Frasson, e o sogro, Esperidião Carlos Frasson. O crime aconteceu no estacionamento do Hospital Universitário (Hucam), em Vitória, na noite do dia 14 de setembro.
A preocupação da família, após polícia ter desvendado a dinâmica do crime e prendido mandantes, intermediários, co-autor e autor – respectivamente Hilário e Esperidião, Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho (único ainda foragido), Bruno Rodrigues Broetto e Dionathas Alves Vieira – é que brechas da Justiça facilitem a soltura de todos ou qualquer um deles. Sobretudo dos mandatos, uma vez que Hilário é policial civil e seu pai ser idoso de 71 anos.
Polícia caça intermediário do crime
“A família está satisfeita, mas ainda continuamos apreensivos porque sabemos como é a justiça. Já falam em soltar o pai dele (de Hilário), mas estamos satisfeitos por enquanto. A justiça tem uma brecha (quanto à soltura do Esperidião). Mas eles vão saber lidar com isso”, disse o tio de Milena, Geraldo Gottardi.
Segundo ele, uma corrente do bem se formou entorno da família, e a família, apesar de temerosa, acredita que estão seguros. “Temos que esperar, mas sabemos que do lado deles há pessoas boas. Mas do nosso temos também e Deus vai saber instruir todas as pessoas”.
A família da médica Milena Gottardi se reuniu com o secretário de Segurança, André Garcia, e outros membros da polícia que continuam investigando o caso e foram orientados a não dar dados que foram entregues durante os depoimentos. “Tivemos uma reunião com o André Garcia e nosso advogado e eles querem que seguremos entrevistas até segunda-feira. Minha irmã participou e poderá falar a partir da semana que vem. Porque, talvez, falamos algo que para que quem comanda a justiça é muito importante. Não queremos atrapalhar as investigações”, finalizou.
A médica deixou duas filhas, de nove e dois anos. Ela atuava na área de pediatria oncológica e, segundo instituições capixabas da área, Milena coordenava estudos sobre novos tratamentos.