A Terceira Ponte ganhará portões para melhorar o fluxo do trânsito em caso de panes ou acidentes com veículos. Serão quatro aberturas no muro central de concreto que separa as faixas nos dois sentidos entre as vias. O serviço terá início nesta terça-feira (2), entre 23h e 5h. A previsão inicial é de 45 dias para início do funcionamento, caso as aberturas já estejam prontas.
Os portões (chamados Gate Guards) terão 12 metros de largura e uma distância de 800 metros cada. Enquanto o veículo estiver obstruindo a via, uma equipe é acionada para ir ao local e sinalizar. O trânsito será desviado para uma faixa do sentido contrário.
A obra está orçada em R$ 237 mil. Foi um pedido do Ministério Público Estadual (MPES) e discutida entre a Rodosol, Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsp), Batalhão de Trânsito, e Guardas Municipais de Vitória e Vila Velha. O sistema já é adotado na ponte Rio-Niterói, na cidade do Rio de Janeiro.
O diretor-presidente da Rodosol, Geraldo Dadalto, explicou que a ponte já tem duas dessas aberturas, cada uma com quatro metros, exclusivas a atendimentos de ocorrências. Com a nova obra, ele estima um tempo de volta à normalidade menor e recuperação de até 70% da faixa. “Essas aberturas serão realizadas sempre que a equipe chegar ao local e identificar que o tempo da ocorrência for maior que 30 a 40 minutos. É o tempo que levamos para montar a estrutura de desvio”.
Ainda segundo ele, a terceira ponte recebe em média 1800 veículos por hora em uma faixa. Em apenas 10 minutos de ocorrência, cerca de 400 deixam de circular. Os congestionamentos chegam a 2400 dos 3340 metros da ponte. “Se um veículo demora 20 minutos para acessar a terceira ponte, esse tempo pode aumentar. Porém, ele não ficará as três horas que demorava antes”.
Explicou ainda que o sistema não vai funcionar em véspera de feriados ou congestionamentos diários por impedimentos na configuração atual. O volume atual causaria congestionamento maior que a capacidade de uma única faixa. “Temos alguns pontos em Vila Velha e Vitória que inviabilizam a saída dos veículos. São questões físicas, que não comportam três faixas ao lado de Vila Velha para jogarmos toda a saída do trânsito no sentido do fluxo”.
Segundo dados da Rodosol, foram mais de 700 registros de panes diversas em veículos na terceira ponte entre 01 de janeiro e 30 de abril de 2017. O diretor explicou que em nenhum desses casos houve necessidade de desvios e a remoção do veiculo em até 12 minutos.
Contorno de Guarapari
Além da terceira ponte, o Contorno de Guarapari também passa por obras. De acordo com Dadalto, esses locais foram construídos sobre solo mole e sofreram desnível ao longo dos anos. Isso pode gerar desconforto para quem trafega pelo local. O objetivo da obra é recuperar esses trechos.
Explicou ainda que os 27,5 quilômetros do Contorno tem 39 aterros com solo mole. Em seis deles foram registrados abatimentos. Um já foi recuperado em 2013 e mais dois a partir de agora. O primeiro no sentido quilômetro 40,5 até 42,3 (início do trecho, nos dois sentidos).
“Iniciamos em dezembro um serviço de conserva especial ao longo de toda a rodovia, executando inicialmente o concerto na obra do pavimento para depois rejuvenescer a capa asfaltica. A cada dois anos fazemos ensaios ao longo da rodovia para definir os pontos de intervenção”.
Construída em 2003, essa é a primeira vez que o local passa por rejuvenescimento. A previsão é que o serviço seja concluído em 60 dias. A obra está orçada em R$ 20 milhões.
