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Temer poupa ministros na mira da Lava Jato, como Kassab e Marcos Pereira

Depois de alerta de aliados, o presidente Michel Temer decidiu poupar em definitivo ministros na mira da Lava Jato da mudança no primeiro escalão. A iniciativa vai preservar diretamente os ministros Marcos Pereira (Indústria e Comércio), do PRB, e Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), do PSD.

Houve forte mobilização na base aliada sobre a delicada situação de Kassab e Pereira, que, sem foro especial, passariam a ter seus casos analisados pela primeira instância da Justiça Federal. Os dois foram citados nas delações da Odebrecht e da JBS.

Esse fato também pesou na avaliação de Temer de reduzir o tamanho da reforma ministerial neste momento, para evitar atritos com a base aliada num momento em que o governo tenta conseguir votos para aprovar a reforma da Previdência. Com isso, a mudança deve ficar muito restrita, contemplando apenas algumas pastas, como o Ministério das Cidades e a Secretaria de Governo – feudos tucanos.

Ex-prefeito de São Paulo e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab é alvo de cinco inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF): dois deles investigam denúncias contra Kassab apresentadas por delatores da Odebrecht e outros três são da época em que ele era prefeito da capital paulista.

Em um dos inquéritos ligados à Lava Jato, delatores afirmaram que, à frente da prefeitura de São Paulo e do Ministério das Cidades, entre 2008 e 2014, Kassab recebeu R$ 20 milhões, distribuídos ao longo de vários episódios.

Em outro inquérito que tramita no Supremo, o ministro de Ciência e Tecnologia é acusado de ser um dos beneficiários de um esquema de pagamentos de vantagem indevida a agentes públicos em obras viárias de São Paulo, em 2008.

Em junho, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao STF no qual defendeu retirar do âmbito da Lava Jato dois inquéritos abertos para investigar Kassab.

Presidente licenciado do PRB, o ministro Marcos Pereira também é alvo de um inquérito aberto no STF relacionado às delações da construtora Odebrecht. Os delatores afirmaram ter feito repasses de R$ 7 milhões para o PRB. O pagamento teria sido feito diretamente a Marcos Pereira.

O ministro do Desenvolvimento Econômico também foi citado nas delações de executivos do grupo J&F, dono do frigorífico JBS. O empresário Joesley Batista entregou ao Ministério Público uma gravação na qual cita a palavra saldo e indica que ele e o ministro estão tratando de repasse de propina. (G1)

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