Dólar Em alta
5,148
24 de abril de 2024
quarta-feira, 24 de abril de 2024

Vitória
24ºC

Dólar Em alta
5,148

Técnica usada em chacina em Florianópolis foi aprendida pela TV, diz suspeito

Uma das pessoas presas sob suspeita de envolvimento na chacina de uma família cometida no dia 5 de julho em Florianópolis disse à polícia que aprendeu a técnica usada para matar as vítimas assistindo a filmes na televisão. Panos embebidos em gasolina foram usados para sufocar e matar as cinco pessoas, o que surpreendeu a polícia local pelo ineditismo da prática. Dois suspeitos foram presos pelo crime no fim da semana passada e um terceiro envolvido está sendo procurado.

Numa pousada no bairro de Canasvieiras foram encontrados mortos Paulo Gaspar Lemos, de 78 anos, e seus três filhos, Paulo Junior, de 51, Katya Gaspar Lemos, de 50, e Leandro Gaspar Lemos, de 44, além do sócio Ricardo Lora, de 39. A polícia apurou que o alvo principal era Leandro e que as demais vítimas foram mortas por estarem no local no momento do ataque. O crime teria se estendido por quase seis horas, período no qual as vítimas foram torturadas.

Na cena do crime estavam pichados na parede o número 171, artigo do Código Penal para estelionato, e a frase “Minha família foi justiçada. Enrolaram muita gente. Chegou a hora deles”. Eles também haviam pichado a sigla da facção Primeiro Comando da Capital, mas a evidência logo foi considerado uma pista falsa, para desviar a atenção.

Segundo o delegado Ênio de Oliveira Matos, os assassinos sabiam que a “família tinha histórico de calote” e também eram credores lesados que resolveram se vingar. Não roubaram nada do apart-hotel Venice Beach, onde as vítimas foram executadas.

O suspeito que confessou tem 21 anos, foi preso no bairro Potecas, em São José, e disse ter contado com auxílio de dois comparsas. Um deles está foragido. O outro foi preso na sexta-feira, 10, em Santana do Livramento, fronteira gaúcha com o Uruguai. Os criminosos são moradores do norte da Ilha de Santa Catarina. O que também contraria outras versões de que o mandante da morte seria paulista. A família Lemos deixou São Paulo, em 2010, com quase R$ 300 milhões em dívidas e muitos processos.

Marcone Tavella, especial para a AE
Estadao Conteudo
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas